Seleção vence sem nenhum brilho individual
A Seleção brasileira derrotou a Argentina por 1 a 0, nesta terça (16), em Jedá, com um futebol sem objetividade e de pouca criatividade, tal como se apresentou na Copa do Mundo da Rússia. Somando-se o rendimento individual na vitória de sexta-feira sobre a Arábia Saudita por 2 a 0 com o que produziram os jogadores do Brasil no clássico sul-americano, fica difícil apontar algum destaque da Seleção nas duas partidas.
O goleiro Ederson, os laterais Fabinho e Alex Sandro, o zagueiro Pablo e os volantes Fred e Renato Augusto foram titulares contra a Arábia Saudita, 71a do ranking da Fifa. Tiveram desempenho protocolar, com o mérito de Alex Sandro ter feito um gol de cabeça após cobrança de escanteio. Nesta terça, voltaram para a reserva.
Logicamente, o técnico Tite escalou o que tinha de melhor para enfrentar a Argentina. Manteve Gabriel Jesus no ataque, que fez o outro gol do amistoso anterior. Mas Gabriel teve atuação apagada contra os rivais sul-americanos. Deu uma chance a Arthur para jogar ao lado de Casemiro. Não que o jovem talento do Barcelona tenha ido mal. Poderia, no entanto, ter sido mais incisivo.
Mesmo Neymar, de quem sempre se espera um pouco mais, não correspondeu à expectativa. Ele teve participação nos dois gols do Brasil contra a Arábia Saudita. Pecou nesta terça por prender excessivamente a bola, caiu várias vezes em campo e levou novamente cartão amarelo, por causa de uma falta desleal. No final, bateu o escanteio que originou o gol de Miranda, de cabeça.
Decepção maior ficou por conta do que deixou de render o meia Philippe Coutinho no jogo com os argentinos. Errou tudo e se mostrou apático a maior parte do tempo. Em resumo: as duas partidas pouco acrescentaram à Seleção, apesar dos resultados favoráveis à equipe.