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Brasil termina o domingo sem nenhum representante nas finais no Mundial de judô

23 set 2018 - 09h58
(atualizado às 09h58)
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Os três judocas que representaram o Brasil no quarto dia do Campeonato Mundial de Baku, no Azerbaijão, neste domingo, não avançaram ao bloco final de disputas por medalhas. O melhor desempenho do dia foi do meio-médio Eduardo Yudy Santos (81kg), que venceu duas lutas e parou apenas no atual campeão mundial, Alexander Wieczerzak, da Alemanha, nas oitavas-de-final. Victor Penalber (81kg) e Ketleyn Quadros (63kg) estrearam com vitórias, mas não passaram na segunda rodada.

O Mundial continua nesta segunda-feira, 24, e o Brasil terá Rafael Macedo (90kg) e Maria Portela (70kg), que chega a Baku como número um do mundo no Ranking da FIJ.

Em sua segunda participação em Campeonatos Mundiais adultos, Yudy pegou uma chave dura. Estreou com vitória sobre um dos cabeças-de-chave, o mongol Uuganbaatar Otgonbaatar, número 5 do mundo, com waza-ari no último segundo da luta. Superou o grego Alexios Ntanatsidis também por waza-ari na segunda luta e foi para as oitavas-de-final.

Em luta aberta contra Wieczerzak, Yudy levou um waza-ari, mas reagiu e empatou o confronto. Em nova projeção, os atletas caíram em posição dividida. A arbitragem deu ippon para o alemão, voltou atrás e deu ippon para Yudy e, por fim, não pontuou para ninguém. A luta seguiu e, então, Wieczerzak encaixou um golpe para marcar seu segundo waza-ari e vencer o combate.

"Acho que eu deixei de finalizar o golpe e ficou meio em dúvida (se foi ou não o segundo waza-ari). Quando voltar, preciso treinar essa parte de finalização para não ter dúvida da próxima vez", disse Yudy. "Eu vim bem preparado, estava confiante também. Mas, acho que faltou trabalhar mais a parte psicológica. Nesse tipo de campeonato o que decide é detalhe."

Na mesma categoria, Penalber estreou com vitória por ippon (2 waza-ari) sobre o marroquino Achraf Moutii, mas parou na segunda rodada diante do uzbeque Sharofiddin Boltaboev. Cada atleta levou duas punições e, num contra-ataque, Penalber foi projetado e imobilizado pelo uzbeque.

"Eu tive bastante dificuldade na pegada, mas a luta estava bem equilibrada. Errei no final e aí faltavam cinco segundos, não tinha muito o que fazer. A luta com esse estilo de judô (do uzbeque) é bastante enroscada. Eles vão para dividir posição e o brasileiro gosta de lutar na distância para entrar o golpe. Esse encurtamento estava me dificultando para fazer as entradas e eu comecei a arriscar também", detalhou Penalber.

Ketleyn Quadros teve o mesmo desempenho de Penalber no meio-médio feminino (63kg). Ela venceu a primeira luta por ippon (imobilização) sobre a americana Hannah Martin, mas parou na cabeça-de-chave e número 5 do mundo, Andreja Leski, da Eslovênia. As duas foram punidas duas vezes, mas Leski conseguiu pontuar com um waza-ari para interromper a caminhada da brasileira na competição.

"É difícil fazer uma análise assim que saímos do tatame. Acho que o judô vem mudando muito e as faltas vão fazendo bastante diferença. Eu treinei para pegar e atacar, pegar e atacar, botar volume. Infelizmente, tomei dois shidos por pisar fora da área e por estourar a pegada e isso dificultou muito a luta, porque eu tinha que abrir ou acabava a luta com mais um shido. Mas, eu estava me sentindo bem, preparada. Não sei dizer agora o que eu poderia ter feito para ter revertido. Fiz o melhor que eu podia ali naquele momento. Procurei a queda, que era o que faria diferença nesse resultado", avaliou Ketleyn ao sair do tatame.

Até o momento, o Brasil tem uma medalha de bronze conquistada por Érika Miranda (52kg) e ocupa a 8ª posição no quadro geral de medalhas, com mais dois quintos e um sétimo lugar. O Japão lidera após levar quatro ouros, três pratas e um bronze.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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