Torcedores em fúria: no ar a nova temporada de protestos
A eliminação em casa, para o rival São Paulo, na semifinal do Campeonato Paulista, provocou a ira de alguns palmeirenses, que num gesto de violência, apedrejaram o ônibus da equipe antes do jogo de quarta (10), contra o Júnior Barranquilla, na Arena Palmeiras, pela Libertadores. Na manhã desta sexta, a sede do Atlético-MG, em Belo Horizonte, amanheceu pichada por torcedores revoltados com a goleada sofrida pelo time, também na quarta, para o Cerro Porteño (4 a 1), no Paraguai.
No Rio, botafoguenses anunciam protestos na sede do clube por causa de mais uma decepção no ano – a desclassificação na Copa do Brasil, em disputa com o Juventude; a derrota por 2 a 1 em Caxias do Sul, na quinta (11), pôs fim ao sonho alvinegro de conquistar o título. Pouco antes, o Botafogo já havia sofrido com sua campanha muito ruim no Carioca, onde nem sequer chegou à fase semifinal com os outros grandes.
Tudo bem que torcedores do São Paulo e do Corinthians já haviam se manifestado antes, em razão da irregularidade dessas equipes no começo de 2019. Mas, diante dos novos fatos, percebe-se que está aberta oficialmente e temporada de protestos do futebol brasileiro. Tem a ver, sem dúvida, com a proximidade do Brasileiro e a convicção de algumas torcidas de que as chances de seu clube de coração lutar pelo título nacional são nulas.
Não se trata especificamente do Palmeiras, capaz de dar a volta por cima graças à qualidade técnica de seu elenco. Mas, não se pode dizer o mesmo de Atlético-MG e Botafogo, principalmente do time carioca. O Galo ainda tem a decisão do Mineiro com o Cruzeiro para aplacar a fúria dos atleticanos – a derrota para o Cerro praticamente selou a eliminação da equipe na Libertadores.
De todo modo, a percepção de muitos de que o Brasileiro, hoje, não é mais aquele campeonato com 12 ou 13 favoritos deixa os nervos à flor da pele. Até porque a realidade de uns mostra que a luta na competição deve se concentrar muito mais pela fuga do rebaixamento.
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