Justiça impede execução de dívidas trabalhistas do Botafogo
Cobrança de quase R$ 100 milhões, referente ao valor de débitos trabalhistas, foi suspensa; clube terá de depositar 20% de receitas mensais
O Botafogo teve uma importante conquista fora de campo. Nesta quarta-feira, o Tribunal Reginal do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), representado por Edith Maria Correa Tourinho, suspendeu a decisão judicial que executou todas as dívidas trabalhistas do clube de uma só vez, em um valor que chegava perto dos R$ 100 milhões.
Por outro lado, o Botafogo foi obrigado a depositar 20% das receitas mensais até que uma nova determinação apareça para diminuir a dívida passiva envolvendo as ações trabalhistas da instituição.
O clube, agora, respira aliviado, já que não terá de lidar com todos os débitos de uma vez só. O plano do Botafogo é criar um Regime Centralizado de Execuções (RCE), para criar uma espécie de "fila" e colocar, assim, que as dívidas sejam cobradas uma por vez - e não todas ao mesmo tempo, como é no Regime Especial de Execução Forçada (Reef), no qual o clube fora executado.
Portanto, o clube, ao direcionar parte das receitas mensais à Justiça do Trabalho, já estará quitando parte das dívidas trabalhistas com os credores. Serão pelo menos 60 dias neste formato.
Tudo isso começou porque o Botafogo foi retirado do Ato Trabalhista pela falta de pagamento das parcelas de seus débitos. Por conta da pandemia, foi autorizado que o clube adiasse as parcelas do meses de abril, maio, junho e julho do ano passado, mas em dezembro essa decisão caiu e o clube foi executado na Justiça.
Enquanto o clube acaba de ganhar novo fôlego para pagar as suas dívidas trabalhistas, o time botafoguense se prepara para enfrentar o Remo, neste sábado, em Belém, pela 22ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em ascensão no torneio, a equipe carioca hoje fecha o G4 da tabela, com 35 pontos na quarta colocação.