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Ex-treinador Eduardo Barroca admite torcer para o Botafogo

20 out 2021 - 20h05
(atualizado às 20h05)
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Não é comum que treinadores falem sobre os times para os quais eles torcem. Para evitar o estigma de ter uma ligação emocional com um clube e ser técnico em outro, coisa que nunca caiu bem no meio. Mas desafiando o tabu, Eduardo Barroca não se furtou de revelar sua preferência.

Com apenas 39 anos, Barroca é um técnico com pouca idade, mas com muita experiência. Em 2013, no seu primeiro trabalho com profissionais, se tornou o treinador mais jovem a vencer uma partida da Série A, com o Bahia. Além do Tricolor, já comandou outras grandes equipes, como Botafogo, Vitória, Coritiba e Atlético-GO.

Sem clube atualmente, desde que deixou a equipe goiana no final de setembro, Barroca concedeu entrevista ao jornalista Rica Perrone. No programa "cara a Tapa", no Youtube. O treinador foi sincero ao ser perguntado se torcia para algum time.

"Acho que eu seria um m… se não pudesse falar isso hoje. Sou botafoguense, era botafoguense quando garoto. Virei botafoguense por causa do título de 89, não tinha ninguém botafoguense em casa. Meu pai é tricolor, minha mãe Vasco, irmãs Flamengo e eu, não sei porque, naquele título, com sete anos, gostei do Botafogo e virei botafoguense. Mas logicamente, depois que comecei a trabalhar com futebol, você acaba perdendo um pouco isso", revelou Barroca.

Para Barroca, perder a paixão pelo clube após virar profissional da área, não foi algo que lhe agradou inteiramente.

"Em 2014 foi a primeira vez que trabalhei no Botafogo. Eu trabalhei no Botafogo quatro vezes no total. No meu primeiro jogo como auxiliar técnico foi de Libertadores. A gente jogou um jogo em Quito, na pré-Libertadores, e depois viemos jogar no Maracanã. O técnico era o Eduardo Húngaro. Eu entro no Maracanã e tinham uns 70, 80 mil botafoguenses, uma festa grande, e ganhamos de 4 a 0, entramos na fase de grupos da Libertadores. E acabou o jogo e falei 'c…, não senti p… nenhuma de emoção'. E aquilo me fez mal, aquela paixão que me mexeu um dia e me fez trabalhar com futebol… não senti nada", recordou Barroca.

"Anos depois voltei para dirigir o sub-20, aquilo ficou na minha cabeça. Naquela passagem eu conseguiu resgatar um pouco dessa paixão, do sentimento bom. Obviamente você se torna  profissional, já trabalhei no Fluminense e Vasco, você perde essa paixão, passa a torcer por amigos, a não ter muito isso. Mas é uma m… perder isso", concluiu.

Eduardo Barroca comandou a equipe principal do Botafogo em 2019 e em 2020, mas se seu nome já era ligado ao clube, agora será mais ainda.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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