PUBLICIDADE

Dirigentes estimulam rivalidade sem limites entre Fla e Bota

14 fev 2018 - 11h48
Compartilhar
Exibir comentários

Os últimos jogos entre Flamengo e Botafogo têm acirrado a rivalidade entre os dois times, notadamente fora de campo. São eventos de risco e com histórias de tragédias. Desde julho de 2016, dois torcedores morreram em dias do clássico, em razão de distúrbios graves. Na contramão de medidas que poderiam atenuar esse clima de belicismo, dirigentes dos dois clubes preferem estimular o ambiente de confronto.

Foto: André Mourão/Agif/Gazeta Press

Ainda vivendo sob a lei do ‘olho por olho, dente por dente’, o presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, proibiu o Flamengo de disputar a final da Taça Guanabara no Estádio Nilton Santos (Engenhão). A arena não pertence ao Alvinegro, é uma concessão da prefeitura, mas o clube tem autonomia para tal decisão.

Isso porque Mufarrej não gostou do comportamento do jogador Vinicius Junior, que provocou os botafoguenses ao fazer o terceiro gol da vitória por 3 a 1 do Flamengo contra o rival, numa das semifinais do primeiro turno do Carioca. Ele queria que a diretoria do Fla tivesse, no mínimo, chamado a atenção de Vinicius, e que tornasse isso público.

Em 2017, o Botafogo já havia vetado a presença do Fla no estádio em outras oportunidades, no que contou com a anuência da Federação de Futebol do Rio e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que poderiam ter ‘sugerido’ a liberação do local para compromissos do Rubro-Negro.

Antes, em 2016, o vice do Fla, Rafael Strauch, acusou os dirigentes do Botafogo de omissão no uso do Estádio Luso Brasileiro, por suspostamente terem deixado um enorme buraco numa área próxima a uma das balizas. Aquela arena estava sendo utilizada pelo Botafogo e logo depois passou a sediar os jogos do Flamengo.

A lista de tragédias muitas vezes alimentadas por atos dos que comandam os clubes inclui Thiago França, de 31 anos, que morreu espancado por rubro-negros em 16 de julho de 2016, no bairro de Bento Ribeiro, a menos de dez quilômetros do Engenhão, onde os dois clubes se enfrentaram no mesmo dia.

Outro botafoguense, Diego Silva, de 28 anos, morreu após uma briga entre as duas torcidas, ao redor do Estádio Nilton Santos, momentos antes do clássico, em 12 de fevereiro de 2017. Ele teve a barriga perfurada por um espeto de churrasco.

Em 17 de agosto do ano passado, durante outro Fla x Bota, também no Engenhão, um torcedor foi detido, acusado de crime de injúria racial contra parentes de Vinicius Junior, que assistiam à partida em um dos camarotes. Naquele mesmo dia, 48 botafoguenses acabaram detidos pela polícia na estação de trem de Madureira, subúrbio do Rio. Eles estariam preparando uma emboscada contra a torcida do Flamengo.

Veja também

Esperança de fama e fortuna encorajam garotos no Muay Thai:
Fonte: Silvio Alves Barsetti
Compartilhar
Publicidade
Publicidade