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NBA estuda permitir que jogadores façam protestos no lugar dos sobrenomes nas camisas

Mensagens são só parte de uma longa lista de manifestações que atletas planejam fazer quando a liga retomar as atividades em Orlando

28 jun 2020 - 13h35
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A NBA vive tempos sem precedentes. Além de uma longa pausa em razão da pandemia do novo coronavírus, a liga - que retorna no dia 30 de julho - também lida com cenário de protestos antirracistas que toma conta dos Estados Unidos. Com isso, a entidade estudar permitir com que os jogadores, quando voltarem os jogos, troquem seus sobrenomes estampados nas camisas por mensagens personalizadas.

A notícia das conversas foram compartilhadas primeiramente pelo jornalista Shams Charania, do The Athletic and Stadium, e depois tomaram conta dos noticiários de todo o país. Chris Paul, armador do Oklahoma City Thunder e presidente da Associação Nacional de Jogadores de Basquete (NBPA), confirmou que o diálogo está caminhando para que os tradicionais nomes sejam substituídos por mensagens de justiça social, bem como causas sociais e de caridade.

As mensagens são só parte de uma longa lista de manifestações que os jogadores planejam fazer quando a liga retomar as atividades em Orlando, na Flórida. A NBA e a NBPA anunciaram que continuam discutindo como combater o racismo e que esse será o foco principal do reinício. As camisas personalizadas poderão trazer mensagens como "I Can't Breathe" (Não consigo respirar) e "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), que se tornaram marcas dos atos que têm acontecido nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd por um policial branco e se espalharam pelo mundo todo.

"Nós estamos apenas tentando continuar a jogar luz nos diferentes problemas de justiça sociais que pessoas ao redor da nossa liga continuam falando sobre dia sim dia não", explicou Paul para o site The Undefeated. "Pessoas estão dizendo que causas sociais estarão de fora da cabeça de todo mundo em Orlando. Com essas camisas, isso não irá embora."

Diversos atletas da NBA têm estado envolvidos em causas sociais, seja participando de protestos presencialmente ou sendo ativos com publicações em redes sociais. Paul explica que também serão aceitas aquelas mensagens que estejam mais direcionas a projetos de caridade e não tanto a protestos de injustiças sociais. Ele próprio conta que ainda não sabe o que trará no lugar do seu sobrenome na camisa do Thunder.

O armador de 35 anos revela que andou falando com diversos colegas, mesmo aqueles que não são negros, mas que também apoiam a iniciativa. Paul diz que os atletas não serão forçados ou pressionados a usarem camisas com tais mensagens personalizadas. Também haverão sugestões àqueles que procuram por uma causa para apoiar.

O comissário da NBA, Adam Silver, disse em entrevista durante a semana que a liga "tem trabalho a fazer" para progredir em contratar afrodescendentes para cargos notáveis e que existe a necessidade de uma diversidade, que tem sido frequentemente discutida em reuniões com dirigentes das franquias.

Estadão
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