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Flamengo encara o Orlando Magic e NBA amplia investimento no Brasil

Crescimento de recursos e iniciativas para atrair cada vez mais os fãs ajudam a consolidar o País como segundo maior mercado da liga fora dos EUA

5 out 2018 - 05h14
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O fã de NBA no Brasil viverá sensações opostas na temporada 2018/2019, que começa dia 16. Se por um lado o número de jogadores brasileiros na principal liga de basquete no mundo caiu, por outro o melhor basquete do mundo nunca teve os olhos tão voltados para o País. O interesse tem motivo: o mercado nacional está cada vez mais atraente.

"O brasileiro gosta, acompanha e entende de esportes. E o basquete vem crescendo nos últimos anos", disse o veterano Anderson Varejão, ex-Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors, em entrevista ao Estado. "Cada vez que voltava ao Brasil, eu sentia o aumento de interesse das pessoas. A paixão cresceu bastante, o basquete vem ganhando seu espaço."

O aumento no número de jogos transmitidos, as inaugurações de "casas" voltadas à liga e até o convite para que times do Brasil enfrentem os da NBA fazem parte do investimento. Nesta sexta-feira, o Flamengo, de Varejão, encara o Orlando Magic, na Flórida.

Chefe da NBA no País, Rodrigo Vicentini explicou que o Brasil é "o segundo mercado mais estratégico para a NBA no mundo", atrás somente da China. "Temos aumentado a nossa presença ano a ano, investindo em vários segmentos, e o resultado tem sido excelente. Não apenas no 'tamanho' do jogo, em exposição na mídia, transmissões e parceiros, mas em estar mais perto do público, trazendo novas plataformas, ativando com as marcas, criando mais oportunidades e ambientes", comentou.

Nas últimas duas temporadas, a liga promoveu a NBA Finals, uma casa na Avenida Paulista, em São Paulo, para a transmissão das finais. No mês passado, inaugurou a NBA Basketball School, que permite que entidades com escolinhas de basquete para jovens de 6 a 17 anos possam adquirir seu método de desenvolvimento. Trouxe lojas para o País e projeta a estreia do NBA Café para o ano que vem.

"Estamos oferecendo experiências aos fãs, trazendo nossas melhores plataformas para o Brasil e expandindo a liga localmente", conta Vicentini. "A NBA é mais do que uma liga esportiva, é uma marca que respira experiência e 'lifestyle'. A NBA é consumida não apenas pelo fã de basquete. É forte entre aqueles que enxergam a liga como cultura, moda e estilo."

O dirigente garantiu que o mercado brasileiro já é uma realidade rentável. "O investimento é cada vez maior e mais bem planejado. Para crescer, é preciso investir, e isso tem muito a ver com a forma como a liga enxerga o Brasil, em como acredita no negócio e no esporte e em como o País recebe a NBA."

Se fora de quadra, o Brasil é cada vez mais atraente à NBA, dentro a realidade é outra. Dois anos após ter nove atletas do País em suas equipes, a liga tem apenas três garantidos para esta temporada: Raulzinho, do Utah Jazz, Cristiano Felício, do Chicago Bulls, e Nenê, do Houston Rockets. Bruno Caboclo tem vínculo com os Rockets para a pré-temporada e sua permanência ainda é uma incógnita.

"Isso é do esporte. Todos os anos, dezenas de atletas chegam à NBA, outros saem, há trocas entre as franquias... Faz parte da modalidade", entende Varejão. "Temos uma renovação, temos jogadores de talento surgindo, isso vai fazer o nosso basquete seguir forte."

Flamengo enfrenta nesta sexta-feira o Orlando Magic

Às 20 horas (de Brasília) de hoje, o Flamengo entrará em quadra no Anway Center para enfrentar o Orlando Magic. Força do basquete brasileiro na última década e vencedor de cinco das dez edições do NBB já realizadas, o time faz seu segundo tour pelos EUA e, mesmo sendo um amistoso, investiu e contratou Leandrinho. Há outros no elenco com passagens pela NBA: o ala Marquinhos e o ala/pivô Varejão, que reencontrará a equipe que o escolheu no Draft de 2004.

"É muito bom para o basquete brasileiro, ótima oportunidade para o País mostrar a qualidade de suas equipes. Vai ser legal voltar a jogar numa arena da NBA", diz. Em 2014, o Fla foi aos EUA e perdeu para Phoenix Suns, Memphis Grizzlies e o próprio Magic.

Estadão
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