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Carrasco americano, Magnano duvida que EUA sub-23 ganhariam ouro

14 jul 2012 - 07h42
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Henrique Moretti

Rubén Magnano faz um típico gesto italiano, juntando o polegar de uma das mãos aos demais dedos, ao ser questionado se seria um "especialista" em vencer a seleção masculina de basquete dos Estados Unidos. Vitorioso duas vezes contra os americanos quando dirigia a Argentina, o técnico do Brasil reencontra o rival nesta segunda-feira, em amistoso em Washington que serve como preparação para a Olimpíada de Londres.

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A primeira vitória de Magnano sobre os EUA foi histórica: em 4 de setembro de 2002, a Argentina se tornou a primeira equipe na história a superar um "Dream Team", formado por jogadores da NBA, vencendo por 87 a 80 na segunda fase do Mundial de Indianápolis, no qual conquistaria a medalha de prata; em 27 de agosto de 2004, o time alviceleste repetiu o feito, caminhando para o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas ao fazer 89 a 81 na semifinal sobre os americanos.

Mostrando incredulidade com a palavra "especialista" usada pelo repórter, o treinador minimizou seu retrospecto e também a responsabilidade brasileira no amistoso de segunda-feira. "Vamos fazer nosso trabalho lá, ainda temos um tempo de preparação. Se temos que escolher um jogo para ganhar contra os Estados Unidos, é dentro da Olimpíada. Lá agora é a preparação", afirmou.

Sobre a lista de atletas chamados por Mike Krzyzewski, Magnano classificou a equipe como "extraordinária e verdadeira candidata à medalha de ouro" em Londres. Porém, para o favoritismo se manter nas próximas edições dos Jogos, o argentino acredita que o rival precisaria continuar convocando estrelas da NBA como fez desta vez, com o ala-armador Kobe Bryant (do Los Angeles Lakers) e os alas Kevin Durant (do Oklahoma City Thunder), LeBron James (Miami Heat) e Carmelo Anthony (New York Knicks), entre outros nomes.

No início de junho, Jerry Colangelo, presidente da Confederação Americana de Basquete, admitiu ao jornal USA Today, que uma mudança está começando, visto que algumas franquias da liga têm tentado vetar a convocação de seus jogadores para a seleção. A solução seria levar um time sub-23 a partir da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016, o que segundo o jornal pode ser suficiente para conquistar a competição.

"Hoje, como está a globalização do basquete, acho que não, tenho dúvidas. Se vem uma equipe sub-23 dos EUA acho que complicaria muito para jogar os Jogos Olímpicos", avaliou Magnano.

Pivô do Cleveland Cavaliers e também questionado sobre o assunto pelo Terra, Anderson Varejão disse que não havia visto nenhuma informação nesse sentido. "O sub-23 seria uma seleção nova, jovem, mas com uma competição rápida como Olimpíada e Mundial tudo pode acontecer", disse.

"Eles estavam falando sobre isso", afirmou por sua vez Nenê, pivô do Washington Wizards. "Se isso vai acontecer ou não é entre os donos lá, eles que estão falando sobre isso. A gente tem que focar aqui, o momento de aprender, melhorar o que tem que melhorar, as coisas de fora, esses boatos, deixa para eles."

A próxima oportunidade para a Seleção Brasileira "melhorar" é justamente diante dos EUA, no amistoso da segunda-feira. Após vencer nesta semana o Super Four de Foz do Iguaçu, batendo a Argentina na final, o time dirigido por Magnano chega a Washington neste sábado. Depois do jogo, a equipe ainda disputa exibições contra França e Austrália, em Estrasburgo, em 21 e 22 de julho, antes de estrear na Olimpíada diante dos mesmos australianos, no próximo dia 29.

Olimpíada ao vivo no Terra

O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, de 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura conta com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.

Como técnico da Argentina, Magnano derrotou os EUA duas vezes
Como técnico da Argentina, Magnano derrotou os EUA duas vezes
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fonte: Terra
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