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Aos 39 anos, Simone se inspira em veteranas para defender o Santo André

16 dez 2018 - 09h03
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O amor de Simone de Lima pelo Santo André é, também, respeito. Aos 39 anos e com os boatos de aposentadoria cada vez mais emergindo, a ala do Grande ABC não esconde o que a mantém no time há, pelo menos, metade de sua vida. Na última quinta-feira, voltou a erguer o troféu paulista ao lado de suas companheiras. E, se a torcida reconhece a dedicação e história da atleta, sem poupar ovacioná-la, ela, também, não economiza elogios ao grupo e a duas personagens importantes da história da equipe: Laís Elena e Arilza.

As referências formaram uma grande dupla do basquete feminino da cidade paulista. Lais, por exemplo, tem 11 títulos no currículo profissional e acumulou lutas e superações em 32 anos no comando do grupo. Deixou o posto no time em março de 2015, já aos 72 anos. Na ocasião, surpreendeu, inclusive, a ex-jogadora de basquete, amiga e até então auxiliar, Arilza Coraça.

Ambas, entretanto, não deixaram a equipe. Laís Elena é a atual ajunta no esporte do secretário municipal Marcelo Chehade. E, como dito, o trabalho da dupla não é só essencial para a equipe, como também para motivar Simone. "Elas me entendem, me completam e sabem o que preciso dentro e fora de quadra", destaca a ala.

Camisa 14, número que homenageia o astro do basquete nacional, Oscar Schimidt, Simone também vê na categoria de base uma inspiração para seguir apoiando o time. Ao todo, são 20 anos no Santo André. Fruto da base, ela é uma velha conhecida da equipe, por isso, as homenagens a atleta, que já foi Seleção, não são poupadas.

Por isso, a aposentadoria, pelo menos por enquanto, não é uma pauta prioritária. "Não tenho planos. O corpo está respondendo bem e enquanto o ele estiver respondendo a mente ainda, eu sigo", destaca.

Na última quinta-feira, quando ergueu o troféu do Campeonato Paulista pelo segundo ano seguido, Simone não escondeu a alegria. Mas conquistas dela, com o brasão de Santo André, não é novidade. A 14 é a única remanescente do time que levou a melhor no campeonato nacional de 1999.

Com a experiência, conseguiu avaliar bem o embate contra o Campinas, vencido por 71 a 68 (39 a 38 no primeiro tempo). "A gente sabia que a cada 24 segundos, a cada defesa, precisávamos dar nosso melhor e buscamos fazer isso", analisou Simone, em meio a risos, ao conquistar o oitavo triunfo do grupo, que antes era AD Pirelli. "No final, conseguimos manter uma boa atitude na defesa e no ataque e, graças a Deus, estamos com o título", finalizou a atleta que ainda sonha com Jogos Olímpicos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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