Bahia admite perder zagueiro para o futebol turco: "pelo bem do clube"
A boa defesa do Bahia está prestes a perder uma peça importantíssima. O zagueiro Titi, vice-capitão da equipe e um dos destaques da partida contra o Flamengo, está negociando com um clube da Turquia. Na manhã de quarta-feira haviam surgido os primeiros rumores da saída do atleta e, mais tarde, a informação foi confirmada pelo interventor do clube, Carlos Rátis, e pelo técnico Cristóvão Borges.
"Estamos no início do campeonato, formando um grupo, já que a competição exige regularidade. Quando a gente perde um jogador que vinha participando de todos os jogos é ruim. Vamos tentar repor", lamentou o técnico.
Rátis admitiu a existência da proposta, adiantando que a escolha fica nas mãos de Anderson Barros, diretor de futebol. "O departamento de futebol está discutindo e só amanhã saberemos", disse. Hoje, Rátis também chegou a comentar sobre a situação financeira do clube, que não é nada boa.
O clube deve aos jogadores os salários referentes ao mês de junho, além dos bichos por resultados obtidos em campo. Fora das quatro linhas, as dívidas com a empresa que fornece alimentação ao clube ultrapassam os R$ 300 mil reais e ainda há pendências relativas à antecipações de receita, contraídas pela gestão de Marcelo Guimarães Filho. O clube ainda terá de lutar na Justiça para evitar que disputas judiciais bloqueiem contas ou resultem na penhora de bens e renda de jogos tricolores.
Por isso, a venda de Titi pode aliviar os cofres do Bahia. Segundo Carlos Rátis, o valor da multa rescisória do jogador, que é de R$ 10 milhões, poderá ser diminuído. "Depende do que vamos analisar, se vai ser bom para o clube", afirmou o interventor. O Bahia é dono de 30% do passe do zagueiro – 50% pertencem ao empresário e 20% são do Internacional.