Rowland bate futuro companheiro Di Grassi e garante pole da Fórmula E em Seul

CHEGOU A GRANDE FINAL: FÓRMULA E SE PREPARA PARA DECIDIR TÍTULO EM SEUL

A primeira corrida da história da Fórmula E na Coreia do Sul vai ter Oliver Rowland largando na ponta, na primeira pole-position do piloto na temporada. O britânico bateu justamente Lucas Di Grassi — seu futuro companheiro de equipe — na final, um dia após o brasileiro ser anunciado como piloto da Mahindra para 2023, e assegurou a posição de honra na prova inaugural da categoria em Seul — em uma classificação marcada pela dificuldade proposta pela chuva no asfalto recentemente reformado.

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Boa parte da classificação foi disputada sob chuva, o que elevou o nível de dificuldade e trouxe problemas aos pilotos. Que o diga Alexander Sims, que destruiu a dianteira da Mahindra no muro e paralisou a disputa do Grupo B por alguns minutos. Lucas Di Grassi, Mitch Evans, Stoffel Vandoorne, Nick Cassidy e as duas Nissan também tiveram dificuldades e chegaram perto do muro em alguns momentos.

Os dois brasileiros, mais uma vez, conseguiram passar ao mata-mata: Di Grassi foi mais longe e chegou até a final, parando apenas em Rowland. Sérgio Sette Câmara, por sua vez, conseguiu a proeza de levar a Dragon às quartas novamente.

A corrida 1 do fim de semana da Fórmula E em Seul tem largada prevista para as 4h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Cultura e do SporTV 3 e cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

Confira como foi a classificação do eP de Seul 1:

A divisão dos grupos na classificação do eP de Seul 1 (Arte: Fórmula E)

Grupo A:

A classificação da primeira corrida da história da Fórmula E em Seul começou com o tempo completamente fechado na capital coreana, mas ainda sem chuva na pista. Jake Dennis inaugurou a ponta da tabela com o tempo de 1min22s441, seguido pelo líder do campeonato — Stoffel Vandoorne marcou 1min22s542 em sua primeira tentativa.

Sébastien Buemi e Oliver Askew também conseguiram se colocar no grupo dos classificados ao mata-mata com suas primeiras voltas rápidas, enquanto os outros seis pilotos eram eliminados na seguinte ordem: António Félix da Costa, Antonio Giovinazzi, Sérgio Sette Câmara, Edoardo Mortara, Robin Frijns, Oliver Turvey e André Lotterer.

Neste momento, os pilotos se encaminharam aos boxes para se prepararem para as últimas tentativas — e as primeiras gotas de chuva puderam ser vistas nas câmeras onboard dos carros. No último instante antes de retornar ao pit-lane, Mortara conseguiu tomar a ponta com 1min22s397 e Sette Câmara deixou Vandoorne para trás ao assumir o terceiro lugar.

A primeira reclamação sobre as condições da pista vieram de Vandoorne, que destacou a imprevisibilidade do traçado com as gotas de chuva que caíam em Seul. Os pilotos partiram para suas últimas voltas já no estouro do cronômetro, e ficou claro que a situação já estava mais complicada em relação à aderência.

Assim, ninguém conseguiu melhorar o próprio tempo e a classificação permaneceu a mesma: Mortara, Dennis, Sette Câmara e Vandoorne classificados nessa ordem, com Buemi, Askew, Da Costa, Giovinazzi, Frijns, Turvey e Lotterer eliminados.

Lotterer não se encontrou e terminou em último no Grupo A (Foto: Porsche)

Grupo B:

A pista já estava consideravelmente mais escorregadia quando os pilotos do Grupo B partiram para a classificação, e os tempos de volta atestaram isso: Nyck de Vries estreou a tabela com 1min35s306, muito acima dos tempos do Grupo A. A volta do piloto da Mercedes ficou inclusive acima de todos os outros no grupo, sendo rapidamente ultrapassado até cair para o último lugar.

Quem assumiu a ponta foi Lucas Di Grassi, que também começou a perder posições à medida que a pista melhorava e os pilotos tentavam novas voltas. No entanto, uma bandeira vermelha foi agitada com pouco menos de sete minutos para o encerramento da chave e paralisou o treino.

O motivo: em sua última etapa na Fórmula E antes de ser substituído por Di Grassi na Mahindra, Alexander Sims atingiu o muro e destruiu a dianteira de seu carro. Neste momento, os classificados eram Wehrlein, Evans, Vergne e Rowland, nessa ordem. Sims, De Vries, Di Grassi, Norman Nato, Nick Cassidy, Dan Ticktum e Maximilian Günther eram eliminados.

Oliver Rowland assumiu a ponta da classificação em sua segunda tentativa, e foi um dos poucos pilotos a conseguir melhorar sua volta: Lucas Di Grassi e Mitch Evans chegaram a rodar buscando melhores tempos, antes do reserva Norman Nato roubar a cena — com 1min30s943, tomou a ponta da Mahindra com menos de dois minutos para o fim do Grupo B.

Jean-Èric Vergne apareceu logo em seguida para derrubar o compatriota francês da liderança com 1min30s811, fazendo com que Evans perdesse sua posição entre os classificados neste momento.

Pascal Wehrlein tomava a ponta do grupo ao mesmo tempo em que Mitch fazia sua última tentativa, e o esforço do piloto da Jaguar pareceu não ser o suficiente: o neozelandês até conseguiu melhorar seu tempo, mas teve a volta deletada por não respeitar o tempo mínimo de parada nos boxes e ficou fora do mata-mata — deixando a situação de Vandoorne pelo campeonato ainda mais confortável. No entanto, a Fórmula E voltou atrás logo em seguida: declarou Evans inocente e devolveu a vaga do piloto da Jaguar, tirando Vergne do grupo dos quatro primeiros.

No fim, a ordem dos classificados ficou com Wehrlein em primeiro, Rowland em segundo, Di Grassi em terceiro e Evans em quarto. Acabaram eliminados Vergne, Nato, Ticktum, De Vries, Günther, Cassidy e Sims.

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Quartas de final:

Mitch Evans x Edoardo Mortara

Em duelo direto dos únicos dois pilotos que poderiam ameaçar o título de Vandoorne, uma eliminação seria trágica nas pretensões de levar a disputa para a segunda corrida do fim de semana. Melhor para Evans, que passeou e marcou 1min31s293, deixando Mortara pelo caminho por mais de 1s: o suíço não passou de 1min32s442.

Lucas Di Grassi x Jake Dennis

Na reedição da final que decidiu a pole em Londres, Dennis e Di Grassi se encontraram novamente em Seul — desta vez, com o ingrediente extra da pista molhada. E o brasileiro deu o troco após ver o britânico levar a ponta em casa: marcou 1min31s735 contra 1min32s424 do inglês, que ficou pelo caminho nas quartas.

Sérgio Sette Câmara x Oliver Rowland

O terceiro duelo do mata-mata não teve realmente uma disputa: Oliver Rowland até completou sua volta com 1min32s590 e se classificou para a semifinal, mas o brasileiro Sérgio Sette Câmara acabou cometendo um erro e ficou parado na pista por boa parte do tempo — e foi eliminado.

Stoffel Vandoorne x Pascal Wehrlein

Com a pista já em condições dramáticas, Vandoorne teve problemas de aderência até mesmo em sua volta de aquecimento. Assim, o líder do campeonato preferiu não forçar o ritmo e arriscar um acidente: marcou 1min35s401 e viu Wehrlein se classificar com tranquilidade, com o tempo de 1min35s117 — aumentando o jejum contra o alemão, que venceu absolutamente todos os duelos contra o belga na temporada.

Wehrlein deixou o líder do campeonato para trás em Seul (Foto: Porsche)

Semifinais:

Lucas Di Grassi x Mitch Evans

Na disputa entre um dos postulantes ao título contra um dos campeões da Fórmula E, melhor para a experiência do campeão de 2016/2017: Lucas Di Grassi marcou 1min35s692 e deixou Evans pelo caminho. Apesar de forçar o ritmo ao máximo em uma pista já tomada pela água, Mitch não conseguiu passar de 1min35s884 e deixou a disputa na semifinal.

Pascal Wehrlein x Oliver Rowland

No último duelo antes da grande final, o companheiro de Lucas Di Grassi na próxima temporada garantiu uma final entre futuros parceiros de Mahindra: Rowland marcou 1min34s880 e se classificou com sobras, contando com um erro de Wehrlein — que não passou de 1min36s517.

Final:

Lucas Di Grassi x Oliver Rowland

Na grande final, Rowland sobrou para cima do brasileiro e conseguiu sua quinta pole na Fórmula E: marcou 1min35s406 e não deu chances para Di Grassi, que ficou com 1min36s029 e a segunda posição no grid de largada.

Fórmula E 2021/2022, eP de Seul 1, Grid de Largada: