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Prost nega surpresa com dificuldades de Alonso e lembra 1993: "Fiquei perdido"

Atualmente consultor especial da Alpine, Alain Prost lembrou que sofreu no retorno à F1, em 1993, e mostrou certa empatia com Fernando Alonso

16 jun 2021 - 09h32
(atualizado às 09h35)
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Alain Prost se tornou tetracampeão guiando a Williams em 1993
Alain Prost se tornou tetracampeão guiando a Williams em 1993
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

A encarnação atual de Alain Prost, como consultor especial da Alpine na Fórmula 1, faz com que o tetracampeão mundial tenha de lidar com os meandres da equipe e, claro, com os pilotos. Como Fernando Alonso, por exemplo, que ainda sofre no começo da temporada 2021 em que retorna após dois anos de ausência do Mundial. Mas é sempre útil usar a própria vida como piloto para entender como as coisas funcionam. E Prost resolveu lembrar do próprio retorno após ausência do grid.

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O francês já era tricampeão mundial quando deixou a Ferrari antes do fim do campeonato de 1991, brigado com a chefia e ficou fora do grid no ano seguinte. O retorno foi com a Williams em 1993. Apesar de terminar o ano como tetracampeão e deixar a F1 de vez - num carro que era absolutamente dominante -, Prost recorda que nem tudo foi maravilhoso. Os primeiros testes, ainda no fim de 1992, foram de aterrorizar.

Acredita ser normal, portanto, que o espanhol bicampeão passe por isso, especialmente depois do acidente de bicicleta que sofreu no começo do ano, na Suíça. Mas Prost quer resultado no GP de casa da equipe, no próximo fim de semana, na França.

Fernando Alonso ainda não brilhou na temporada
Fernando Alonso ainda não brilhou na temporada
Foto: Alpine F1 Team / Grande Prêmio

"Não estou surpreso que ele precise de tempo. Leva tempo. O simulador ajuda, mas é mais uma questão de dentro do carro. Ainda tem toda a condição física, a parte fisiológica, o estômago, o corpo inteiro, a visão, a cabeça - não esqueçam do acidente de bicicleta, então não dá para saber o efeito que isso pode ter, eu fiquei preocupado com ele", afirmou ao podcast F1 Nation, da F1.

"Alonso está melhorando mais e mais, mas ainda não está no topo, em minha opinião. Ele sabe disso e esperamos [que esteja no topo] no GP da França, porque é uma pista diferente, um circuito mais largo que ele conhece. Veremos, mas não estou surpreso que está levando algum tempo", garantiu.

"Quando eu voltei, em Portugal, perguntei a mim mesmo por que tinha voltado. Foi um choque físico e mental. Eu estava em forma, realmente em forma, incrivelmente em forma: tinha 5% de gordura no corpo. Mas quando entrei no carro em setembro, mesmo em boas condições, para testar o carro de F1, senti que estava completamente perdido", recordou.

"Significa que tudo que você faz fora do carro é importante, mas não é tão importante quanto o trabalho dentro do F1. Todos os músculos que você treina no carro são diferentes, toda a fisiologia, a visão e todo o resto não dá para treinar fora do carro", finalizou.

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