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Preocupados com calor no Chile, brasileiros buscam 1ª vitória na temporada da F-E

Felipe Massa, Lucas di Grassi e Nelsinho Piquet buscam melhores resultados na etapa de Santiago após irem mal em Marrakesh

26 jan 2019 - 10h07
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A terceira etapa da temporada 2018/2019 da Fórmula E poderá ficar marcada como a mais quente da história da categoria. Neste sábado, às 17 horas (de Brasília), em Santiago, no Chile, os termômetros devem alcançar 38ºC. Em meio a este forte e inesperado calor, os brasileiros Felipe Massa, Lucas di Grassi e Nelsinho Piquet tentam conquistar a primeira vitória do Brasil no campeonato.

Vice-campeão mundial de Fórmula 1, em 2008, Massa espera mostrar serviço após ter dificuldades nas duas primeiras etapas da categoria. Na última, no Marrocos, foi o último colocado, graças principalmente a uma falha no sistema de freios que atingiu os dois carros da equipe Venturi. Assim, ainda não somou pontos no campeonato.

Felipe Massa é piloto da Venturi Team de Fórmula E.
Felipe Massa é piloto da Venturi Team de Fórmula E.
Foto: Reprodução/Twitter/Venturi FE / Estadão

O desafio deste sábado será no circuito de rua montado no Parque O'Higgins. "Essa corrida vai ser bem diferente das primeiras duas, principalmente por causa da temperatura. Isso vai ser uma mudança bem grande com o que já vimos até agora", disse o ex-piloto da Ferrari, em entrevista ao Estado.

A temperatura elevada preocupa em razão da durabilidade das baterias que municiam os carros elétricos e também devido às características do circuito, com trechos de asfalto e concreto. "Com a temperatura alta como esta, vai ter uma mudança de uma parte para outra. Mas vamos tentar aprender rápido."

Vencedor da primeira etapa do calendário, o português António Felix da Costa acredita que o traçado vai permitir muitas ultrapassagens. "A pista parece muito boa, fizeram um grande trabalho aqui. Parece muito técnica e divertida. Acho que tem muitos lugares para ultrapassagem", afirma o piloto da BMW, que quase venceu a segunda corrida seguida, no Marrocos.

Uma batida entre o seu carro e o do companheiro de equipe, o britânico Alexander Sims, o tirou daquela prova nas voltas finais, quando ele estava na liderança. "Já conversamos internamente, resolvemos o problema. Está tudo bem, não há qualquer ressentimento. Todos assumiram sua parte da culpa e por isso resolvemos bem o problema", disse ao Estado o português, um dos candidatos ao título.

Para Nelsinho Piquet, a preocupação para este sábado está no efeito que o calor terá sobre a bateria dos carros. "Até o ano passado, quando chegávamos perto do limite de temperatura das baterias, ela começava a cair um pouco, por segurança. Aqui ela vai cair de uma vez só. Pode acontecer na última curva e você pode não terminar a corrida. Vamos ter que ser mais cautelosos", disse o brasileiro.

Na sua avaliação, a corrida deve ser movimentada em razão das novas regras da categoria. A partir desta temporada, as provas são definidas pelo tempo (45 minutos mais uma volta). Antes, eram decididas pelo número de voltas, como acontece na Fórmula 1.

"Se as corridas fossem decididas por volta, com certeza seria um resultado mais por eficiência do que por estratégia. Mas, com a corrida definida por tempo, prevalece a estratégia. Quase todas as corridas vão ter safety car. Então, os carros vão terminar as prova sobrando energia. Aqueles pilotos que arriscarem mais no começo podem se prejudicar. Mas muitos vão assumir esse risco, principalmente quem larga depois do décimo lugar. Os caras de trás vão passar a arriscar mais e os da frente vão ter uma postura mais cautelosa. Deve ser uma corrida interessante", projetou.

Todas as principais atividades na pista de Santiago serão realizadas neste sábado, dia da corrida. O primeiro treino livre foi marcado para as 9 horas. O segundo será às 11h15. O grid será definido a partir das 13 horas. E a largada da corrida está agendada para as 17h.

Estadão
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