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Williams tira onda com público e anuncia renovação de Albon para Fórmula 1 2023

Williams fez suspense em meio a 'Piastrigate' e levou a crer que faria algo maior que renovar com um de seus pilotos para 2023

3 ago 2022 - 11h00
(atualizado às 11h36)
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Alexander Albon fica na Williams para 2023
Alexander Albon fica na Williams para 2023
Foto: Williams / Grande Prêmio

Se a última terça-feira foi dia de confusão na Fórmula 1, com a Alpine apressando um comunicado sobre a chegada de Oscar Piastri, que, horas depois, disse que não era bem assim, a Williams resolveu aproveitar para tirar onda com o público. No fim das contas, usou a manhã desta quarta-feira (3) para anunciar a renovação de contrato de Alexander Albon para a temporada 2023 da F1.

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A brincadeira da Williams foi criar o suspense e, ainda nas primeiras horas da manhã, avisar que faria um comunicado importante às 16h locais [11h de Brasília, GMT-3]. Seria algo mais relacionado a Piastri, o anúncio de que Nicholas Latifi não fica ou um novo piloto para representar os quadros do time de Grove? Nada disso. É a renovação de Albon, que vai para um segundo ano com a equipe.

Não foi apenas a equipe que brincou. Assim que o anúncio foi feito, Albon tomou as redes sociais para parodiar a declaração de Piastri no dia anterior, ao afirmar que não seria piloto da Alpine em 2023.

Alexander Albon marcou os únicos pontos da Williams e 2022 até agora (Foto: Williams)

"Entendo que, comigo de acordo, a Williams divulgou um comunicado de imprensa hoje à tarde dizendo que eu vou guiar para eles no ano que vem. Isso está certo, e eu assinei um contrato para 2023, Vou guiar pela Williams no ano que vem", escreveu. Piastri logo se manifestou. "Parabéns, amigo", junto de uma imagem que dizia "bem jogado", indicando que tinha gostado da piada.

De acordo com a Williams, o acordo desta vez não vale por apenas uma temporada, mas plurianual. Desta forma, o tailandês vai defender a equipe pelo menos por 2023 e 2024.

"Alex é um piloto incrível e um membro valioso da Williams, por isso estamos em êxtase em poder confirmar que trabalharemos juntos a longo prazo. Alex trouxe uma grande mistura de habilidades e aprendizados perspicazes que ajudarão a trazer mais sucesso ao nosso time no futuro", disse o CEO e chefe de equipe da Williams, Jost Capito.

"Ele é feroz, provou ser um integrante popular e leal, e estamos muito satisfeitos por ele nos fornecer uma base estável para prosseguirmos com o desenvolvimento nessa nova era da F1", finalizou.

Albon também se manifestou de forma mais séria, sem a piada. "É mesmo muito empolgante permanecer na Williams em 2023, e estou ansioso para ver o que conseguiremos alcançar como equipe até o final dessa temporada e no próximo ano. A equipe tem se esforçado para progredir, e eu realmente estou motivado para continuar essa jornada e desenvolver ainda mais nossos aprendizados em conjunto", declarou.

Alexander Albon faz piada e tudo para dizer que fica na Williams (Foto: Williams)

A carreira de Albon sempre foi uma enorme montanha-russa. O tailandês teve um início bastante conturbado, dentro e fora das pistas, mas voltou para os bons resultados em 2014, quando ficou em terceiro na temporada da F-Renault. Dali para frente, a coisa começou a engrenar.

Na F3 Europeia 2015, uma sétima colocação apenas razoável com a equipe Signature, mas que rendeu o acesso ao que era na época a GP3. E ali o momento virou de vez. Pela ART, foi vice-campeão em 2016, perdendo o campeonato para Charles Leclerc, mas já demonstrando enorme potencial.

No ano seguinte, Alex foi décimo na F2 com a mesma equipe, antes de mudar para a DAMS em 2018 e conquistar um grande terceiro lugar em uma classe que teve, em sua frente, nada menos que George Russell e Lando Norris, dois de seus melhores amigos de infância, dos tempos de kart.

Na GP3 e na F2, Albon deixou para trás nomes como Nyck de Vries, Álex Palou, Sérgio Sette Câmara, Luca Ghiotto, Santino Ferrucci e Nicholas Latifi.

Impulsionado pelos ótimos resultados na base, o tailandês ficou muito perto de assinar com a Nissan para correr na Fórmula E, mas a Toro Rosso atravessou e fechou com o jovem talento para ocupar a vaga deixada por Pierre Gasly, então promovido para a Red Bull.

Ainda em 2019, Gasly acabou rebaixado e Albon furou a fila de Daniil Kvyat, sendo escolhido por Helmut Marko e Christian Horner para alinhar com Max Verstappen no time principal, onde ficou por uma temporada e meia até ser trocado por Sergio Pérez.

Alex acabou indo parar no DTM em 2021, no projeto da Red Bull com a Ferrari, alcançando um não mais que mediano sexto lugar, enquanto o companheiro Liam Lawson brigou pelo título até a última corrida. Em 2022, a volta à F1 veio pela Williams, com 3 pontos conquistados na primeira metade da temporada e uma atuação histórica no GP da Austrália.

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Grande Prêmio
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