Vettel vê falta de respaldo na Ferrari: "Talvez não tenha tido o apoio que precisava"
Tetracampeão da Fórmula 1 com a Red Bull, Sebastian Vettel faz a última temporada com a escuderia de Maranello, mas ainda não definiu futuro profissional
Sebastian Vettel avaliou que talvez não tenha recebido o apoio necessário para ser bem sucedido com a Ferrari na Fórmula 1. O tetracampeão vai deixar a escuderia de Maranello ao fim da temporada 2020 e será substituído por Carlos Sainz Jr. no próximo ano. O alemão, porém, ainda não definiu qual será o próximo passo da carreira, mas é especulado na Aston Martin em 2021.
Na escuderia italiana desde 2015, Vettel não conseguiu quebrar a seca de títulos que a Ferrari amarga desde que Kimi Räikkönen levantou a taça em 2007. 2017 e 2018 foram os anos em que Sebastian chegou mais perto, mas a dominante Mercedes ficou com o troféu mais uma vez.
A saída de Vettel do time, porém, coincide com o crescimento de Charles Leclerc dentro da equipe. Enquanto o monegasco teve o contrato renovado até 2024, o #5 sequer recebeu uma proposta de renovação. A Ferrari, aliás, culpou a pandemia do novo coronavírus pela falta de uma oferta ao ex-Red Bull.
Embora a falta do resultado almejado com Vettel seja tangível, o piloto não é o único responsável pelo jejum de Maranello, já que a Ferrari não conseguiu projetar um carro capaz de enfrentar o poderio da Mercedes na era dos motores V6 turbo.
"Não me arrependo do tempo que tive com a Ferrari", disse Vettel ao jornal italiano La Repubblica. "Acho que, aqui e ali, talvez não tenha tido o apoio que precisava, queria ou pedi, mas, no geral, sempre tive ao meu redor pessoas que estavam dispostas a me ajudar tanto na pista quanto em Maranello", seguiu.
"O Sr. [Sergio] Marchionne fez essa promessa quando me explicou que estavam procurando alguém para reconstruir o time. Na época, eu era o candidato, mas não mais…", comentou.
A temporada atual não tem sido fácil para o tetracampeão. A Ferrari errou a mão no carro e, até aqui, Sebastian ocupa apenas a 13ª colocação na tabela, com dez pontos, 78 a menos que o líder Lewis Hamilton,
"Nos tornamos parte do pelotão intermediário no sentido de estarmos lutando com McLaren, Renault e outros times", comentou. "No meu caso, me sinto competitivo ― mental e fisicamente no nível que tive no passado. Quero fazer a melhor escolha por mim mesmo. Talvez, em duas semanas ou mais, eu possa dizer o que decidi. Não estou com pressa", assegurou.
Perguntado sobre a reestruturação no departamento técnico da Ferrari, Sebastian respondeu: "Espero que tenha um efeito rápido neste ano. Do contrário, não ligo e não vai me afetar".
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