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VAR da velocidade conta com piloto brasileiro em Interlagos

Ex-piloto de Fórmula Indy e pentacampeão nacional em corridas de caminhões, Felipe Giaffone atua como comissário no GP do Brasil de F-1

11 nov 2018 - 10h54
(atualizado às 10h54)
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O árbitro de vídeo pode ser recente no futebol, mas há muitos anos faz parte do automobilismo. Trata-se do elemento ideal para julgar as disputas em alta velocidade que ocorrem na pista, e que podem ser captadas me detalhes pelas lentes das câmeras.

Felipe Giaffone é comissário do GP do Brasil de F-1
Felipe Giaffone é comissário do GP do Brasil de F-1
Foto: Alexander Grünwald

Piloto profissional de muito sucesso no automobilismo brasileiro, Felipe Giaffone cumpre neste domingo seu décimo GP do Brasil atuando como comissário desportivo. O competidor, que passou pela Fórmula Indy antes de faturar cinco títulos nacionais correndo em caminhões, diz que o aumento da tecnologia deixou – ironicamente – mais espaço para a polêmica.

“O comissário, no fundo, é como o juiz do futebol. Você só lembra dele quando tem alguma besteira. Aqui a gente tem muita câmera. E, por ter muito vídeo, isso deixa a posição de quem julga mais complicada, porque vai para a interpretação. É a mesma situação do futebol: todo mundo achava que se o juiz não viu é porque estava em uma posição ruim, aí errava. Hoje ele revê a imagem e mesmo assim toma uma posição que às vezes é contra o que todo mundo pensa. Isso acaba sendo muito mais polêmico”, diz Felipe.

Neste GP do Brasil, Giaffone atua como comissário nacional – indicado pela Confederação Brasileira de Automobilismo junto à FIA. Mas também já exerceu o papel de comissário piloto, que em Interlagos está nas mãos do italiano Emanuele Pirro, multicampeão das 24h Le Mans, que correu na F-1 na década e 1990. Na última etapa desta temporada, em Abu Dhabi, essa função será o próprio Giaffone.

Dentro das equipadas salas de comissários dos autódromos – que nasceram bem antes do VAR futebolístico – ficam quatro pessoas, que tomam as decisões conjuntamente com base na análise das imagens por vários ângulos. Todos assinam um termo que os impede de citar os lances ou de dizer qual seu posicionamento diante de qualquer lance julgado.

“Ter um piloto nessa equipe sempre ajuda, mas não significa uma visão tendenciosa. Até entre nós, os pensamentos são muito diferentes. Houve um ano em que o Massa e o Barrichello ainda corriam na F-1, e eu fui tirar uma dúvida sobre um incidente nos treinos. Perguntei a ambos o que achavam. Um falou uma coisa, outro falou o oposto. Aí você vê o quão complicado é.” 

A largada para o 46º GP do Brasil valendo pontos para o Mundial de Fórmula 1 está prevista para as 15h10 deste domingo, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

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Fonte: Especial para Terra
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