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Sainz estreia pela Ferrari e acelera carro de 2018 em teste no circuito de Fiorano

Enfim, chegou o dia. Carlos Sainz está a bordo da SF71H para fazer seu primeiro teste em um carro da Ferrari na Fórmula 1. O espanhol é a nova contratação da escuderia de Maranello e vai formar dupla com Charles Leclerc nas próximas duas temporadas

27 jan 2021 - 06h37
(atualizado às 07h52)
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Enfim, chegou o dia. Carlos Sainz acelera pela Ferrari em Fiorano (Foto: Ferrari)
Enfim, chegou o dia. Carlos Sainz acelera pela Ferrari em Fiorano (Foto: Ferrari)
Foto: Grande Prêmio

Carlos Sainz finalmente pilotou pela primeira vez um carro da Ferrari na Fórmula 1. Anunciado pela tradicional equipe italiana ainda em maio do ano passado como substituto de Sebastian Vettel para as próximas duas temporadas do Mundial, o espanhol de 26 anos teve a oportunidade de guiar a SF71H, carro usado pela escuderia de Maranello em 2018, durante a sessão de testes que acontece nesta semana no circuito particular da Ferrari, em Fiorano. Com o numeral #55 devidamente estampado no carro, o piloto nascido em Madri acelerou logo na manhã desta quarta-feira (27).

Sainz chega à Ferrari depois de ter feito duas grandes temporadas com a McLaren e após ter ajudado a equipe baseada em Woking a voltar ao pódio na Fórmula 1. Filho do bicampeão mundial de rali e tricampeão do Dakar, Carlos Sainz, o agora piloto da Ferrari foi ao top-3 no GP do Brasil de 2019, quebrando um jejum da McLaren que durava desde o GP da Austrália de 2014, e ficou perto da vitória no GP da Itália do ano passado, vencido por Pierre Gasly, com o madrilenho finalizando a corrida em Monza em segundo.

Carlos Sainz disse, dias atrás, o quão ansioso estava para seu primeiro teste com a Ferrari (Foto: Ferrari)

Vinculado à McLaren até o fim do ano passado, Carlos não obteve a autorização da equipe britânica para testar com a Ferrari ainda em 2020. Sainz teve sua primeira aparição pública na escuderia italiana no Natal, posando ao lado do novo chefe, Mattia Binotto, e de Charles Leclerc, seu novo companheiro de equipe.

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Em razão do regulamento bastante restrito quanto a testes na Fórmula 1, não são permitidas sessões com carros dos dois últimos anos. Levando em conta que os modelos de 2021 ainda não foram lançados, 2020 vale como referência para determinar que apenas carros de 2018 para trás podem ser testados.

A Ferrari encontrou nos testes com a SF71H uma alternativa para agilizar o processo de adaptação de Sainz aos métodos de trabalho da equipe, fazendo com que o piloto possa conhecer melhor seus engenheiros e mecânicos e vice-versa.

Não é à toa que Sainz, dentre os sete pilotos escalados pela Ferrari (além do espanhol, também Charles Leclerc — que guiou na última terça-feira —, Giuliano Alesi, Robert Shwartzman, Marcus Armstrong, Mick Schumacher e Callum Ilott), é o único que vai ter mais de um dia de trabalho com o carro nessa semana de testes. O piloto vai guiar durante toda a quarta-feira e também vai acelerar no primeiro período da quinta-feira.

Enfim, chegou o dia. Carlos Sainz acelera pela Ferrari em Fiorano (Foto: Ferrari)

Antes da sessão de testes, Sainz não escondeu a ansiedade pelo momento que estava por vir e que representa um marco na sua carreira.

"É incrível. Estes dias na fábrica estão sendo muito especiais. Vestir vermelho, andar de F1 no simulador, ver o Cavallino no volante. São coisas que te fazem sentir especial", comentou o piloto. "Tenho muita vontade de pilotar este carro novo. Quero saber como é e como temos que trabalhar para tirar o máximo potencial. A cada dia vou dormir pensando como será no carro e como vou me sentir em comparação aos outros que já pilotei. Mal posso esperar", destacou.

Uma das grandes expectativas para a temporada 2021 é o relacionamento entre os pilotos da Ferrari. Depois de dois anos de muitos conflitos com Leclerc e também com Mattia Binotto, além da performance abaixo do patamar de um tetracampeão do mundo, Vettel deixou a escuderia para assinar com a Aston Martin, novo nome da Racing Point.

Em Maranello, Carlos espera ter com Leclerc um relacionamento tão saudável como o que teve com Lando Norris nos dois últimos anos correndo pela McLaren.

"É difícil por um lado, porque o Norris é muito rápido e bem maleável, então você precisa administrar as duas coisas. Mas é bem agradável ter alguém que, após uma classificação ou corrida, está com a mente aberta, sem tentar esconder nada de ninguém", comentou o piloto à revista inglesa Autosport.

Sainz entra na SF71H para os testes em Fiorano nesta quarta-feira (Foto: Ferrari)

"Isso mostra que você está sendo sincero com seu oponente, com seu companheiro, apertando as mãos para parabenizar e reconhecer um trabalho bem feito. Acredito que é algo que faz um relacionamento especial e que estou disposto a manter no futuro, faz o ambiente no time com muito menos pressão, faz a vida de todos bem mais fácil e podemos ajudar a fazer a equipe mais rápida", completou.

Carlos, inclusive, falou sobre os primeiros contatos que teve com Leclerc, agora como companheiro de equipe na Ferrari.

"Eu estaria mentindo se dissesse que não falei com Charles. Claro que sim. E estou prestando atenção em tudo que acontece, perguntando coisas. Até você entrar no time, é difícil realmente entender o que está acontecendo. Meu relacionamento com o Charles é muito bom, eu espero melhorar no futuro", finalizou o espanhol.

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