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Pupilo de Schumacher, Massa se despede da F1 como "professor"

8 nov 2017 - 15h21
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Felipe Massa hoje, além de piloto, exerce um papel de tutor na Williams. Tendo de dividir os boxes com Lance Stroll, jovem de apenas 19 anos, o piloto brasileiro aproveita seus últimos momentos na Fórmula 1 para passar conhecimento à nova aposta de sua equipe. Experiente, Massa também teve seu período como pupilo e tentou coletar o máximo de informações possíveis vindas de nada mais, nada menos que Michael Schumacher, com quem trabalhou na Ferrari.

"Lembro de várias coisas que aprendi com Schumacher. O Schumacher era tipo um professor, tudo o que ele fazia eu analisava. Ele dizia: 'Não, acho que você devia fazer dessa maneira. O jeito que você freia na curva, tenta fazer diferente'. É lógico que quando você fazia algo mais rápido do que ele na pista, ele falava um pouco menos. Dependendo do resultado que você tinha, se você estivesse atrás dele, ele falava numa boa", brincou Felipe Massa.

Filho de um bilionário canadense, Lance Stroll convive com a pressão de ter de entregar bons resultados para provar que não está na Fórmula 1 somente por conta da condição financeira de sua família. Justamente por isso, Felipe Massa tentou fazer com que seu companheiro na Williams passasse a ficar mais calmo antes de entrar nas pistas, fato que o ajudou a subir de rendimento ao longo de 2017.

"O Lance começou muito cedo, com 18 anos. Lógico que teve muita dificuldade no começo. Lembro até na corrida do Canadá, onde ele conquistou seu primeiro ponto. Antes da corrida falei: 'Cara, calma. Se você não tiver calma, raciocinar para fazer seu trabalho tranquilo, você não vai conseguir o resultado que quer'. Você tem que pensar em tantas coisas, como no pneu, no freio, no jeito de guiar. Ele teve uma situação diferente, foi a primeira corrida que ele conseguiu pontuar, e daí em diante começou a entender e aprender a cada corrida. Ele precisou usar a tranquilidade para conseguir o resultado e depois evoluir", afirmou Massa, recordando o fato de Lance Stroll ter somado seu primeiro ponto na Fórmula 1 correndo em casa.

"Lembro que quando conheci o conheci [Lance Stroll], ele devia ter sete, oito anos, que é a idade do meu filho. Mas acho bacana ver um piloto estreando, tanto que ele evolui a cada momento, e você junto, como professor. Corremos pela mesma equipe, trabalhamos para a mesma empresa, mas trabalhar em equipe é o que faz você ter o resultado mais importante", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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