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Promotor do GP do Brasil não se preocupa com privatização de Interlagos

27 jun 2017 - 10h21
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O Autódromo de Interlagos é a casa da Fórmula 1 no Brasil desde 1990. O futuro do circuito no calendário da modalidade, no entanto, segue ameaçado. A organização da F1 já manifestou descontentamento com a prova e, do outro lado, o prefeito da cidade de São Paulo, João Doria, sinalizou a possível privatização da área onde encontra-se o autódromo.

Nesta segunda-feira, em evento realizado na capital de São Paulo para anunciar o novo hospital oficial do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, promotor do Grande Prêmio brasileiro, afirmou não estar preocupado com as ideias do atual prefeito paulista.

"Nós temos contrato com a Prefeitura até 2020. Nada pode ser modificado. Agora, depois de 2020, se houve de fato a privatização, aí depende do novo proprietário e concessionário. Todos os prefeitos do Rio de Janeiro, há 20 anos, pedem para a gente voltar para o Rio. Há 20 anos temos contrato em São Paulo. Nunca surgiu a oportunidade para tocar no assunto. Se surgir, certamente conversaremos", disse Rohonyi.

A última vez que o Rio de Janeiro recebeu a maior prova do automobilismo mundial aconteceu em 1989. O Autódromo de Jacarepaguá foi a casa da F1 em 10 oportunidades. Atualmente, Interlagos recebe diversos eventos de cunho esportivo, além de festivais de música, como o Lollapalooza.

"Seguramente, se a decisão for do prefeito do Rio e dos proprietários da F1, o autódromo seria construído de acordo com as normas atuais", avaliou Tamas.

O Autódromo de Interlagos possui contrato com a Prefeitura de São Paulo, que cuida da área na Zona Sul da capital, até 2020. "Perder este autódromo seria o fim do automobilismo no Brasil", frisou Rohonyi. "O senhor João Doria entende isso perfeitamente", acrescentou.

Há 40 anos atuando na Fórmula 1, o experiente promotor se mostrou contrário a um dos principais planos da nova detentora dos direitos da F1, que tem como objetivo aumentar o número de Grandes Prêmios - hoje são 21.

"A conversa de aumentar para 24, 25 provas eu acho impossível. Não tem estrutura, as equipes não tem estrutura de passarem para 21, é o limite do limite. Quem frequenta o autódromo, conhece os mecânicos, com vários países, é quase desumano. Para passar a 25, 26 provas, tem que falar em uma reestruturação geral. Cada equipe teria que ter dois conjuntos de mecânicos. Até para os pilotos. Eu acho impossível", contou Rohonyi à Gazeta Esportiva.

O GP do Brasil é a penúltima etapa da temporada 2017 da Fórmula 1. A prova acontece no dia 12 de novembro, domingo, às 14h00 (de Brasília). No último ano, o britânico Lewis Hamilton sagrou-se vencedor. O piloto com mais vitórias em solo brasileiro é o francês Alain Prost, com seis (1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990).

* Especial para a Gazeta Esportiva

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