PUBLICIDADE

Presidente da FIA pede fim dos privilégios a Ferrari: "Tempos mudaram"

14 mar 2018 - 13h55
Compartilhar
Exibir comentários

Uma das coisas que ainda não foi alterada desde que a Liberty Media assumiu o controle da Fórmula 1 é o poder de veto concedido a Ferrari ainda nos anos 1980. Apesar do estudo da nova detentora dos direitos para reajustar esse privilégio da escuderia italiana a partir de 2021, o presidente da FIA, Jean Todt, acredita que isso deve ser alterado o quanto antes, visando o bem da categoria.

"O veto é da época de Enzo Ferrari, ainda quando ele estava isolado em Maranello. Na época, era a única equipe que fazia seu motor e chassi, enquanto algumas outras equipes que usavam motor Ford. Então, foi decidido que, por estar fora do 'Vale do Silício' do automobilismo, eles precisavam de uma proteção. Essa é a história por trás do veto", explicou Todt. "Mas, pessoalmente, sinto que agora não dou a favor disso. Os tempos mudaram", comentou.

Com o direito de veto, a Ferrari pode impedir qualquer nova mudança em vias de ser estabelecida na F1. O uso mais recente desse "poder" foi utilizado em 2015, quando a equipe italiana recusou a implementação de cotas e tetos de preço para venda de motores e caixas de câmbio. No início da década, o privilégio foi mantido em votação com a presença de todas as equipes.

Justamente pelos rumores de mudanças na categoria a partir de 2021, o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, já cogitou deixar a Fórmula 1 em caso das propostas não atendidas. Esse fato, para o dirigente da FIA, tem que ser tratado como algo normal, pois mudanças sempre acontecem no automobilismo.

"Eles podem sair. Honestamente, é uma escolha exclusiva deles. São livres e, definitivamente, espero que eles não saiam. Mas sempre pode acontecer. Já vimos grandes competidores saindo e voltando", disse. "No momento, tenho certeza de que há seis ou sete equipes com dificuldades na F1. Então, não é aceitável que o topo do automobilismo tenha 60 ou 70% do pelotão com dificuldade para sobreviver. Mudanças são necessárias", completou Todt.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade