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Presidente da FIA critica Hamilton, Vettel e Norris por ativismo com pautas sociais

Mohammed Ben Sulayem citou exemplos de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Lando Norris ao falar que o esporte a motor não deveria se envolver com temas políticos

7 jun 2022 - 15h23
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Mohammed Ben Sulayem preside a FIA desde o fim de 2021
Mohammed Ben Sulayem preside a FIA desde o fim de 2021
Foto: Reprodução/FIA / Grande Prêmio

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Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem fez controversos comentários sobre ativismo dos pilotos do grid atual da Fórmula 1. Em entrevista ao site brigânico GrandPrix247, o mandatário, que assumiu o poder da maior entidade do automobilismo mundial em 2022, falou sobre os envolvimentos de política no esporte a motor.

Ao ser questionado sobre o que o esporte não deveria se tornar, Sulayem citou os exemplos do heptacampeão mundial Lewis Hamilton, o tetracampeão Sebastian Vettel e de Lando Norris, que constantemente advogam por temas como direitos humanos, meio ambiente e saúde mental.

"Eu venho de um mundo preto e branco, e é muito difícil fazer isso. Quando é governança, tem de ser governança, quando é neutralidade, tem de ser neutralidade. Estamos, portanto, por uma razão e uma razão apenas, e isso é o esporte. Agora você tem de ser político às vezes, mas não ser realmente um político. Onde você encontra equilíbrio? A FIA precisa ter cuidado para não ser arrastada para a política sem esquecer nossas raízes no automobilismo", declarou.

Lewis Hamilton foi criticado por presidente da FIA (Foto: Mercedes)

"Niki Lauda e Alain Prost só se preocupavam em guiar. Agora, Vettel pedala numa bicicleta de arco-íris, Lewis é apaixonado pela questão dos direitos humanos e Norris fala de saúde mental. Todo mundo tem o direito de pensar. Para mim, é uma questão de se devemos impor o tempo todo nossas crenças em algo além do esporte", declarou.

Sulayem tentou ressaltar a diversidade e igualdade em sua gestão na FIA, mas cita que não quer impor suas crenças em cima das questões do esporte a motor, afirmando que regras foram feitas para serem cumpridas.

"Sou de uma cultura árabe: sou internacional e muçulmano. Não imponho minhas crenças nos outros, de jeito nenhum, nunca. Se olharmos para minha operação nos EAU. temos [gente de] 16 nacionalidades. Diga uma única federação que tenha esse número de nacionalidades. Além disso, são 34% de mulheres e sete religiões. Ainda temos mais cristãos que muçulmanos. Tenho orgulho disso porque cria credibilidade e mérito", seguiu.

"Mas eu imponho minhas crenças? Não. As regras existem e, ainda hoje, estão lá até para questão como, por exemplo, joias. Eu não escrevi nada disso", completou.

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