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Prefeitura insiste em venda, mas anuncia R$ 43 mi para obras em Interlagos

11 nov 2018 - 14h06
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, reiterou neste domingo que sua gestão segue trabalhando pela privatização do autódromo de Interlagos, que recebe nesta tarde o GP Brasil de Fórmula 1. O projeto de venda do complexo automobilístico foi aprovado em primeira votação, em novembro do ano passado.

"Fui eleito junto com João Doria, prometendo as mesmas coisas na campanha de 2016. Uma das promessas era a privatização de Interlagos. Aguardamos a Câmara Municipal aprovar em segunda votação, para que a gente possa dar continuidade ao processo de venda", afirmou, em rápida entrevista coletiva, no autódromo.

Para consolidar a desestatização do complexo, a prefeitura agora precisa da aprovação pelos vereadores do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) de Jurubatuba. O documento estabelecerá o que pode ser construído ou derrubado em Interlagos, em caso de privatização.

Covas ainda afirmou que a Prefeitura tem pressa em colocar o processo de privatização em prática, mas disse que a segunda votação está nas mãos dos vereadores. A principal preocupação, porém, se refere à pista do autódromo. Sua preservação, segundo Covas, depende do que for deliberado na aprovação do PIU.

"A partir do momento que se discute a regra do jogo, é que a gente avança na discussão se pode ou não privatizar. Se vai ter pista, não vai ter pista, se vai construir, se não vai construir, vai ser resolvido antes com a aprovação do PIU", declarou o prefeito.

"A nossa proposta é que a pista permaneça e, exatamente por isso, a gente vai aprovar primeiro o PIU, para que essa discussão não fique prejudicando a venda de Interlagos", acrescentou Covas, que também disse ser uma prioridade da Prefeitura a manutenção do kartódromo de Interlagos.

Por fim, o prefeito revelou ter angariado, em parceria com o Governo Federal, verba milionária para realizar obras em Interlagos. O que contraria o discurso de seu antecessor, João Doria, que dizia que o autódromo não receberia mais investimentos públicos.

"Assinamos agora um contrato de R$ 43 milhões com o Ministério do Turismo. Vamos fazer a cobertura do paddock, a reforma dos boxes. Enquanto o processo de privatização não avança na Câmara Municipal, a gente continua tratando bem o autódromo, porque sabemos da importância dele para a cidade de São Paulo", ressaltou.

Bruno Covas, contudo, não assegurou que as obras estejam prontas para o GP de 2019. "Queria que fosse ontem, mas vamos ver o mais rápido possível para podermos anunciar o prazo. Agora tem licitação, uma série de complicações que pode ter com o Tribunal de Contas, com o Tribunal de Justiça. Assim que a gente tiver um prazo mais factível, a gente divulga", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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