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Por que a Fórmula 1 empurrou para 2025 a introdução do combustível sustentável

O plano inicial de competir com combustível sustentável foi adiado de 2023 para 2025. O motivo agora foi revelado: a categoria ainda busca melhor desempenho e custos mais baixos

8 abr 2021 - 04h33
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O GP do Bahrein foi o primeiro da temporada 2021
O GP do Bahrein foi o primeiro da temporada 2021
Foto: AFP / Grande Prêmio

A Fórmula 1 enfrenta contratempos na missão de competir com combustível considerado sustentável. O plano inicial de introduzir a novidade em 2023 precisou ser adiado para 2025, junto com todas as mudanças previstas na unidade de potência. O motivo só foi esclarecido agora: a categoria ainda busca um melhor desempenho e um menor custo na introdução da novidade.

O composto inicialmente testado, uma mistura de etanol baseado em plantas com tolueno baseado em madeira, não surtiu os efeitos desejados. Quem revelou isso foi Pat Symonds, diretor-técnico da F1.

"Aquele combustível não teve um desempenho tão bom quanto a gente esperava", disse Symonds ao site RaceFans. "Quando digo isso, não digo que a gente esperava um desempenho igual, até porque o combustível que temos agora na Fórmula 1 foi feito sob medida pensando em densidade energética. Ainda temos algum trabalho por fazer. Tínhamos o objetivo inicial de usar combustíveis sustentáveis em 2023, mas temos um problema de fornecimento, além do problema técnico. Como não conseguimos encaixar o combustível sustentável no regulamento de 2023, decidimos empurrar o projeto inteiro para 2025", destacou.

A sustentabilidade é um dos focos da F1 para o futuro
A sustentabilidade é um dos focos da F1 para o futuro
Foto: AFP / Grande Prêmio

O lado financeiro também pesa, já que a F1 não quer desencadear um novo aumento de gastos com a introdução de energias sustentáveis. Isso é particularmente importante para uma categoria que tenta recuperar o interesse perdido de montadoras.

"No aspecto técnico, temos muitos desafios porque precisamos garantir tanto eficiência quanto redução de poluentes", apontou Gilles Simon, responsável por motores no departamento técnico da FIA, ao RaceFans. "Ou seja, precisamos evoluir. Precisamos mudar para os combustíveis sustentáveis para promover novas tecnologias, mas precisamos também cortar custos. Esse é um fator importante porque precisamos atrair novas fornecedoras, e isso implica em manter investimentos dentro de um limite", seguiu.

Desenvolver combustíveis sustentáveis é um passo importante para uma F1 que tenta neutralizar emissões de carbono até 2030. Mesmo com esse foco, a categoria se comprometeu a manter as unidades de potência "potentes e empolgantes" no futuro próximo.

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