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Piloto da Force India critica "tremenda" diferença de orçamentos na F1

20 ago 2018 - 13h02
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Parece exagero, mas não é. Nos últimos cinco anos, apenas três equipes ganham corridas na Fórmula 1: RBR, Mercedes e Ferrari. Por coincidência, ou não, são as detentoras dos três maiores orçamentos entre as 10 escuderias que constituem a categoria. E o fato incomoda muito aqueles que tentam competir de igual para igual, mas que acabam sucumbindo por não terem acesso aos mesmos recursos. Um deles é o mexicano Sergio Perez, da Force India, que considera este abismo financeiro algo extremamente prejudicial para o esporte.

"É muito difícil. A diferença no orçamento hoje em dia, indo para uma nova geração de carros, é tremenda. Você não pode competir. Nos últimos quatro ou cinco anos, foram duas categorias na Fórmula 1. Nunca ouvi antes as pessoas falando "é, venci a corrida", quando você é o melhor do resto, ou "estou liderando o campeonato", quando você é o melhor do resto. Isso não deveria ser o caminho. Isso está prejudicando muito o esporte", afirmou, em entrevista concedida ao site Autosport.

A última vitória de uma equipe de fora do trio hegemônico foi na abertura da temporada de 2013, quando Kimi Raikkonen levou a Lotus ao lugar mais alto do pódio no GP da Austrália. Além do que, desde 2016, apenas três pilotos quebraram o domínio de RBR, Mercedes e Ferrari em pódios: Sergio Perez, em três ocasiões (Azerbaijão em 2017 e 2018, e Mônaco em 2016), Lance Stroll (Azerbaijão, 2016) e Valteri Bottas (Canadá, 2016), ambos da Williams.

"Os seis primeiros são os seis primeiros. Eles estão fora de alcance. Como piloto, mesmo que você esteja frustrado e desapontado, é assim que é. Sua ambição é cada vez que você sabe que ainda consegue tirar o melhor de si mesmo, o carro, derrotar seu companheiro de equipe. Você vai para a melhor coisa seguinte", completou o mexicano.

Por fim, Perez mostrou ainda ter esperanças de ver o cenário atual se alterar. Para ele, o regulamento da competição deve passar por uma transformação para a temporada de 2021, com direito à uma redistribuição dos lucros entre todas as equipes da Fórmula 1.

"Você tenha cinco equipes lutando por vitórias em todas as corridas. Isso será um sonho tornado realidade. Como fã, gostaria de ver isso", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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