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Mercedes faz o que se espera e lidera na Rússia. Mas clima é faca de dois gumes

A situação é muito clara para a Mercedes na Rússia. Independentemente da chuva, a equipe alemã precisa vencer e tirar todo o proveito do revés da Red Bull. Considerando o clima, os energéticos decidiram pela troca do motor de Max Verstappen e apostam no ritmo de corrida e em uma prova tumultuada para minimizar o favoritismo da rival

24 set 2021 - 17h51
(atualizado às 18h05)
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Valtteri Bottas liderou a dobradinha da Mercedes nos treinos do GP da Rússia
Valtteri Bottas liderou a dobradinha da Mercedes nos treinos do GP da Rússia
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

A Mercedes encontrou na Rússia o cenário perfeito para que Lewis Hamilton vire o jogo para cima de Max Verstappen. O circuito do Parque Olímpico é um território dominado pelos carros da marca alemã há sete anos e, nesta sexta-feira (24), não foi diferente. Valtteri Bottas e Hamilton ditaram o ritmo nos dois primeiros treinos livres, comprovando a enorme adaptação do W12 às longas retas e trechos de freadas fortes. O clima mais frio também ajudou a mostrar o quanto os heptacampeões têm vantagem. Portanto, os atuais líderes do campeonato só têm uma meta neste fim de semana: vencer.

Acontece que o tempo na região de Sóchi segue instável e a previsão aponta para uma chuva torrencial neste sábado, que pode até mesmo mudar a disputa da classificação da Fórmula 1 - a F3, inclusive, tratou de adiantar seu programa para evitar os efeitos de uma tempestade, que alagou as instalações da F2 durante a semana. Ainda que a sessão que vai definir o grid seja transferida eventualmente para o domingo, há uma grande possibilidade de ser disputada com pista molhada. Para a Mercedes, essa condição não chega a preocupar por um lado, uma vez que Hamilton é um dos melhores pilotos na chuva. Portanto, a chance de uma pole é grande. Entretanto, Bottas habitualmente enfrenta mais dificuldades neste tipo de condição. E isso é algo que pesa contra os planos dos homens de preto.

É imperativo que a Mercedes emplaque uma dobradinha, para tirar uma vantagem completa do revés que sofre para os adversários. "Temos de tentar aproveitar disso para obter nosso resultado máximo. Uma dobradinha seria espetacular para nós como equipe", disse Lewis, que não vence na temporada desde o GP da Inglaterra, quando se envolveu em um toque com Verstappen logo na primeira volta. Aliás, o inglês pode chegar à 100ª vitória da carreira em Sóchi.

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A Mercedes corre atrás de uma dobradinha na Rússia (Foto: Mercedes)

De qualquer jeito, o clima será um ponto chave. E no seco, é altamente provável um desfile dos carros pretos. Bottas se mostrou especialmente afiado com a performance. Em uma pista que adora, o finlandês apresentou um ritmo consistente, melhor que do companheiro de equipe e pode se tornar um fiel da balança aí. Nesta sexta, testou todos os compostos da gama mais macia levada pela Pirelli, e ninguém foi mais veloz que ele.

Hamilton apresentou também um desempenho sólido, mas faltou um elemento de ritmo de corrida - Verstappen foi mais constante que o heptacampeão. "Temos algum trabalho a ser feito, sobretudo em performance de prova. Vai chover muito amanhã. Vai ser interessante ver o que vamos fazer em termos de acerto, já que o domingo, potencialmente, vai ser seco", falou o britânico.

A princípio, portanto, a Mercedes fez bem a lição de casa e está em vantagem neste momento. Mas e a Red Bull? Os energéticos têm lá suas cartas na manga. Os taurinos haviam dito que esperariam o sábado para decidir sobre a mudança da unidade de potência do carro de Verstappen, mas acabaram antecipando a troca. A alteração tem a ver com a punição que Max já teria de cumprir, com a perda das três posições no grid pelo acidente do GP da Itália. Além disso, a condição instável do tempo diante do domínio da Mercedes é outra razão.

Max Verstappen concentrou o dia para as avaliações do ritmo de corrida da Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)

Verstappen terá de iniciar a corrida do fundo grid e uma corrida com chuva pode ser tudo que os taurinos desejam para o domingo. Uma prova mais acidentada, com a interferência do safety-car, por exemplo, trabalha a favor do holandês. E com pista seca? Também é um cenário interessante e o novo motor pode ajudar. Do mesmo jeito que o RB16B ganhou força e velocidade na troca da segunda unidade, o mesmo pode acontecer aqui. Com a adição de um trabalho azeitado dos japoneses no novo motor, que priorizou a eficiência da recuperação da energia.

Além disso, Max passou o dia focado em longos stints e apresentou um ritmo de corrida muito forte, principalmente em cima dos pneus médios. Então, entende-se que a recuperação em uma prova com pista seca não será tão complicada. "A decisão não foi tomada apenas pelo resultado na corrida. Disse antes que iríamos levar tudo em conta, também temos o clima [e a grande chance de chuva]. Achamos que seria melhor trocar e tomar a punição aqui", afirmou o líder do campeonato.

A programação para a sequência do fim de semana prevê o treino livre 3 para 6h (de Brasília, GMT-3), enquanto a classificação está marcada para 9h. Entretanto, em razão da previsão de muita chuva para o sábado, há grandes possibilidades de mudança no cronograma, com chances inclusive de a definição do grid de largada passar para domingo. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

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