McLaren justifica queda de desempenho nas corridas: "Classificação mascara deficiências"
Andreas Seidl, chefe da McLaren, relatou que a falta de downforce do MCL36 não aparece tanto na classificação, mas que dificulta o gerenciamento de pneus da equipe britânica nas corridas
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A McLaren chegou para as férias de verão da Fórmula 1 amargando a quinta posição no Mundial de Construtores após ser ultrapassada pela Alpine. A equipe britânica até tem mostrado bons desempenhos nas classificações, muitas vezes superando a Mercedes, mas costuma ter uma queda de performance durante as corridas. Andreas Seidl, chefe do time de Woking, afirma que a explicação é simples: a falta de pressão aerodinâmica do MCL36.
"Acho que, em geral, se compararmos nossa competitividade na classificação em comparação com a corrida, acho que na classificação as deficiências que nosso carro ainda tem para esses três primeiros carros não aparecem tanto", contou o diretor alemão.
"Principalmente na pressão aerodinâmica, você pode mascarar bastante com a aderência que os pneus têm em uma volta de classificação. Mas, ao longo da corrida, a falta de downforce obviamente consome mais os pneus. E acho que é por isso que você pode ver uma diferença maior na corrida", explicou Seidl.
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McLaren ainda não consegue competir com as três principais equipes (Foto: AFP)
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Na última etapa, na Hungria, Lando Norris conseguiu colocar o carro em uma ótima quarta posição na classificação, enquanto Daniel Ricciardo foi o nono. O britânico terminou a corrida em sétimo, atrás apenas das três melhores equipes, enquanto o australiano sequer pontuou, mais um desempenho que explica a opção do time de ir atrás de Oscar Piastri para 2023. Seidl se mostrou otimista com as atualizações recentes da McLaren, mas sabe que é preciso continuar melhorando o carro para bater a Alpine.
"Em termos de ritmo de corrida, acho que em comparação com a Alpine, por exemplo, estávamos em uma boa posição [na Hungria]. Definitivamente em uma posição melhor do que no fim de semana anterior [na França]. Acho que, graças à atualização que trouxemos para a França, que otimizamos ainda mais aqui em termos de uso, graças ao trabalho que a equipe também fez em termos de aprender com o que vimos em Paul Ricard, acho que demos um bom passo em frente aqui", ressaltou Andreas.
"Agora é simplesmente importante continuar melhorando o carro, porque, quando você vê a diferença nos tempos de volta, que ainda existe também na classificação, fica claro que [as equipes de ponta] simplesmente têm um carro muito mais forte", concluiu o chefe da McLaren.
A McLaren está apenas quatro pontos atrás da Alpine com nove corridas restantes no calendário de 2022. A Fórmula 1 retorna agora no dia 28 de agosto, para o GP da Bélgica.
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