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McLaren exalta fim pacífico de relação com Honda e cutuca RBR e Renault

26 dez 2017 - 18h30
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Após três anos, a parceria entre McLaren e Honda chegou ao fim. A empresa japonesa não fornecerá mais os motores para a equipe inglesa, que firmou nova parceria com a Renault para 2018. A relação entre as equipes viveu altos e baixos, com o carro sofrendo diversos problemas e sem conseguir ter o desempenho esperado. Em entrevista à revista norte-americana 'Racer, o diretor-executivo da McLaren, Zak Brown, disse que ambas as empresas estavam cientes dos problemas que tinham e aproveitou para cutucar a Red Bull e a Renault.

"Com todas as dificuldades - e foram várias -, nossa relação ficou sólida durante os três anos. Eles estavam tão frustrados quanto a gente. No fim, as duas partes assumiram suas responsabilidades, ninguém precisou ficar apontando dedo na cara de ninguém", se referindo ao episódio envolvendo Cyril Abiteboul (diretor da Renault) e Helmut Marko (consultou da RBR), em Interlagos.

Na ocasião, Marko questionou diretamente a Abiteboul, a confiabilidade do motor fornecido a Toro Rosso, filial da Red Bull. O francês respondeu, afirmando que a Renault fornecia sua unidade motriz para a própria equipe, a RBR e a STR e apenas a STR vinha enfrentando quebras seguidas. A partir daí, a guerra estava instalada.

Brown reprovou a maneira pública como as equipes conduziram os problemas, ressaltando mais uma vez sua boa relação com a Honda: "Se observarmos a outra parceira da Renault, vemos que a relação não é das melhores. Ganham corridas e o que se vê na televisão são discussões acaloradas. Enquanto isso, a gente nem terminava algumas corridas e estava lá aparecendo apertando as mãos da Honda".

O diretor da escudeira britânica ainda exaltou o fim pacífico da parceria com a Honda, deixando as portas abertas para a empresa japonesa no futuro: "Poderemos voltar a correr ao lado da Honda um dia e não queríamos acabar com a relação. Além disso, não gostaríamos de passar uma imagem ruim em relação ao modo que nos comportamos quando as coisas começam a dar errado".

Por fim, Brown afirmou que a presença da Honda é muito importante para a F1 e, por isso, não mediu esforços para ajudar no acordo entre os japoneses e a Toro Rosso."Todos nós queríamos que a Honda seguisse na F1, o esporte precisava disso e a gente se esforçou para tornar isso possível. Tivemos de fazer algumas coisas para que isso acontecesse. Era o correto a se fazer, era a maneira certa de se encerrar a parceria. Nunca fomos desrespeitosos com eles, apenas apontamos os erros e aquilo que todo mundo via", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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