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McLaren defende licença poética de 'Drive to Survive', mas Horner se incomoda

'Drive to Survive', série original da Netflix sobre a F1, divide opinião dos chefões da categoria no paddock por conta da licença criativa

13 abr 2021 - 12h38
(atualizado às 13h00)
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Zak Brown aposta em uma F1 muito mais competitiva e empolgante com a nova era a partir deste ano
Zak Brown aposta em uma F1 muito mais competitiva e empolgante com a nova era a partir deste ano
Foto: McLaren / Grande Prêmio

A série "Drive To Survive", original do catálogo do serviço de streaming Netflix, é um estrondoso sucesso entre fãs de automobilismo e maratonistas de séries ao redor do mundo. Porém, nos bastidores da Fórmula 1, o programa que recentemente lançou sua terceira temporada ainda divide opiniões por certos exageros cometidos pela produção. No geral, há dirigentes aprovam a fórmula com a qual a série documental trouxe audiência para a F1 e outros que se incomodam com a licença dramática.

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Para Zak Brown, diretor-executivo da McLaren, ainda há "licença poética" demais por parte do programa na hora de refletir situações reais. Apesar disso, crê que a parte artística deve ser respeitada e vê os bônus ainda maiores que os ônus para a F1.

Na recém-lançada terceira temporada do show, Brown e a McLaren ganharam enorme destaque, vendo a evolução da equipe, a briga pela terceira posição no Mundial de Construtores e a relação entre seus pilotos à época, Carlos Sainz e Lando Norris, sendo amplamente retratada. Apesar da boa relação entre os dois, a série mostrou o crescimento de uma rivalidade interna entre Sainz e Norris, que se ampliou com o anúncio do espanhol de que ia deixar a equipe britânica para assinar com a Ferrari.

Porém, o dirigente norte-americano defendeu a produção e salientou os benefícios que a série traz à Fórmula 1. "Eu creio que a Netflix tem sido ótima para a F1. A série tem sido número um no catálogo. Creio que está liderando a categoria de série mais assistida em 25 países. Então, penso que os primeiros objetivos da Netflix são entreter e trazer novos espectadores para a Fórmula 1. E eu acho que ela atingiu isso dez vezes mais, o que é ótimo", seguiu.

"Pegue Top Gun, você assiste a esse filme, e tenho certeza que nenhum piloto de caça consegue fazer aquelas coisas. Mesmo assim, é um grande filme. É óbvio, todos nós que vivemos neste esporte sabemos que o Carlos e o Lando tiveram um grande relacionamento, que não teve aquela tensão representada na série. Sempre que você vai assistir a um programa de TV, eles vão criar certo entretenimento, e nós do paddock sabemos que não é bem assim".

"Mas acho ok, e creio que o mais importante são as coisas maravilhosas que a série tem proporcionado, trazendo novos fãs de todo o mundo. Então, apoiamos a Netflix e o que eles conquistaram, mesmo que eles tenham tido um pouco de liberdade criativa aqui e ali", concluiu o dirigente de 49 anos.

Christian Horner, chefão da Red Bull, aponta 'sensacionalismo' da série. (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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Porém, no paddock, a receptividade de outros personagens da Fórmula 1 à série não foi a mesma. Caso de Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull, que afirmou ficar incomodado ao rever sua atuação no programa, no qual é um dos personagens que mais aparece. "Recentemente me perguntaram se eu me incomodava com algo ao assistir novamente, e a resposta honesta é sim, constantemente. É um programa de TV, mas também ele mostra um lado do esporte que normalmente fica oculto durante uma transmissão normal de um final de semana de corrida", seguiu.

"E a série mostra algumas características, personalidades, que são apresentadas, de certa forma, para levantar a audiência. Mas, no geral, é positivo para a Fórmula 1, e a popularidade é imensa", concluiu o britânico.

A quarta temporada de 'Drive to Survive' está confirmada para o começo de 2022.

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