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McLaren assume que túnel de vento está "defasado" e projeta melhora até 2024

Zak Brown, CEO da McLaren, não escondeu que a equipe sofre com defasagem no túnel de vento, e que problema será corrigido até 2024

23 jul 2021 - 05h02
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Zak Brown, o diretor-executivo da McLaren
Zak Brown, o diretor-executivo da McLaren
Foto: McLaren / Grande Prêmio

Com um projeto claro de voltar a ser protagonista na Fórmula 1, a McLaren, após amargar anos de penúria, vêm se desenvolvendo nas últimas temporadas. Porém, o desenvolvimento visto é esbarrado por um problema: o túnel de vento defasado da equipe, que impede maiores atualizações no carro.

Na visão de Zak Brown, diretor-executivo da equipe, os planos para voltar a ser protagonista na Fórmula 1 existem, mas o planejamento leva em conta tal defasagem. Em entrevista ao site The Race, o diretor dissecou a situação do time e colocou como meta o ano de 2024 para dar à equipe um túnel de vento compatível com o que a categoria necessita.

"Já teremos conseguido nossa estrutura até 2024, mais especificamente o túnel de vento. Infelizmente, nós temos um dos túneis de vento mais defasados, tecnicamente falando, o que é uma grande desvantagem. Não teremos desculpas para arrumar isso até 2024, que será uma temporada, onde gosto de pensar, que o esporte estará tão competitivo que várias equipes estarão disputando o título do campeonato. Gostaria de pensar que seremos uma delas", projetou Brown.

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Zak Brown não negou que túnel de vento da McLaren é defasado se comparado ao das equipes de ponta (Foto: McLaren)

"Ao passo que, atualmente, temos o orçamento anual para competir no mesmo nível que todo mundo, ainda estamos atrás em termos de estrutura. Na medida em que tivermos investimentos baixos, isso levará tempo para consertar, principalmente no túnel de vento. Dada a importância que ele tem, não conseguimos mascarar essa defasagem", comentou.

"Estamos investindo nisso, mas levará alguns anos para completar o túnel de vento. Mas, na minha opinião, acho que não iremos acertar nossa estrutura até o carro de 2024 vir à tona. Até lá, faremos nosso melhor com os equipamentos que temos. Mas acho que antes de acertarmos essa questão, será difícil imaginar em vencer as equipes que estão na frente. Vamos dar nosso melhor, nunca se sabe na Fórmula 1 em que posição você estará, quem irá errar", disse Brown.

Zak aproveitou para relembrar o inesperado título da Brawn GP, em 2009, mas apesar da comparação, afirmou ser difícil tal evento se repetir na Fórmula 1 atual. "Com toda certeza, a Brawn estava em uma posição maior da que realmente pertencia quando ganharam o campeonato. Não era a equipe com mais recursos, mas penso que as regras estão mais rígidas agora, e chegar a uma vantagem como essa vai ser muito mais difícil", analisou.

Com ar de realismo, o diretor-executivo prometeu empenho, mas salientou as dificuldades. Por fim, Brown comentou acerca dos investimentos na parte aerodinâmica que a equipe tem feito, ressaltando os bons resultados obtidos.

"Vamos dar nosso máximo, mas devemos controlar as expectativas, pois as coisas podem ficar mais difíceis do que já estão. Portanto, alguns investimentos já estão dando certo a esse respeito e estamos obtendo muito mais desse lado das coisas do que podíamos antes. Já tivemos algumas histórias positivas sobre o investimento", concluiu o diretor.

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