PUBLICIDADE

McLaren afirma que F1 "talvez não encontre saída" e fique sem corridas sprint em 2022

Zak Brown, CEO da McLaren, argumentou que há equipes dificultando as negociações na tentativa de aumentar teto salarial

19 jan 2022 - 08h32
Compartilhar
Exibir comentários
A corrida sprint que finalizou a temporada do novo formato, no Brasil
A corrida sprint que finalizou a temporada do novo formato, no Brasil
Foto: Carl de Souza/AFP / Grande Prêmio

ATÉ AONDE VAI A TRETA MERCEDES x RED BULL NA F1 2022?

O formato das corridas sprint estreou em 2021 com três demonstrações e, embora tenha encontrado respostas mistas na aceitação do público, foi considerado grande sucesso midiático e comercial na Fórmula 1. Após as reuniões do fim do ano passado, tudo parecia certo para que o formato seguisse em frente e fosse aumentado, mas, de acordo com o CEO da McLaren, há a possibilidade que sequer seja realizado na temporada 2022.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Apesar da F1 ter rapidamente indicado que esperava aumentar a participação das corridas sprint de três para seis fins de semana e selecionado até em quais praças, Zak Brown afirma que algumas equipes estão dificultando as negociações.

"A F1 talvez não encontre uma saída. Seria uma pena", disse em entrevista à rede de TV inglesa BBC.

Em 2021, a F1 ofereceu um pagamento extra às equipes para cobrir os custos de qualquer problema que as corridas sprint podiam causar, como acidentes. Com o sucesso do formato - as informações da F1 é de que as corridas sprint aumentaram audiência e fluxo comercial -, há quem queira, mais especificamente, aproveitar para fazer saltar o teto orçamentário. Este ano, o teto está em US$ 140 milhões - R$ 772,9 milhões.

Zak Brown não gosta do tamanho do poder as equipes têm na F1 (Foto: McLaren)

Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram

CEO da McLaren nega acordo com Audi e diz que "ouviu algo" sobre Porsche-Red Bull

"Uma equipe em particular queria US$ 5 milhões - R$ 27,6 milhões, na última conversão - em aumento de teto orçamentário, o que é totalmente ridículo", contou.

"Não há nenhum fato racional por trás disso. Quando são desafiados, partem para o 'e se' e o 'pode' e você precisa antecipar tudo isso. Você senta na reunião e diz que isso não faz sentido", contou.

Há um porém nessa discussão, contudo. Para acordar a realização das corridas sprint para 2023, apenas cinco das dez equipes precisam estar de acordo, por conta da distância para preparação. Segundo Brown, a F1 devia primeiro fechar esse acordo e, somente depois, tentar arredondar o que será de 2022, quando pelo menos oito das dez escuderias precisam concordar.

"Talvez possa haver uma concessão e aumentem o teto um pouco e começamos [as corridas sprint] em 2022 ou pulemos 2022 de uma vez. Aí, uns desses times podem explicar para os fãs os motivos de não termos corridas sprint neste ano", finalizou.

Para o CEO da McLaren, a votação sobre realização das corridas sprint em 2022 mostra bem o problema com a governança na F1: os protocolos de votação são explorados pelas equipes maiores, que exploram as menores e as forçam a votar a seu favor.

Com ou sem corridas sprint, a temporada 2022 da Fórmula 1 começas no fim de semana de 20 de março, em Sakhir, com o GP do Bahrein. Antes disso, entre 24-26 de fevereiro, os testes coletivos de pré-temporada abrem a velocidade da F1 no ano novo direto do Circuito da Catalunha, em Barcelona.

E SE HAMILTON DEIXAR A F1, QUAIS SERIAM AS CONSEQUÊNCIAS?

Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.
Grande Prêmio
Compartilhar
Publicidade
Publicidade