Longe da Austrália há um ano, Ricciardo admite: "Isso pode me deixar pra baixo"
Daniel Ricciardo não esconde que sente muita falta de visitar a família e os amigos na Austrália, seu país natal, algo dificultado pela pandemia de Covid-19. Apesar da situação incômoda, o australiano afirma utilizar a adversidade como motivação
Após bater a marca de um ano sem visitar a família na Austrália, Daniel Ricciardo abriu o jogo e revelou que, depois de muito tempo, está com saudades de casa. Acostumado pela vida de piloto a ficar longe de pessoas queridas, o piloto da McLaren trouxe à tona os sentimentos, sem esconder que sente muita falta.
A última visita foi em junho de 2020, antes da temporada começar. Ricciardo começou a sentir em 2021 a falta do convívio diário com as pessoas que ama. Apesar da melancolia criada pela situação, o australiano tenta ver o copo meio cheio e afirma que usa a saudade como uma fonte de motivação para o processo de adaptação à McLaren.
"Saí de lá depois da quarentena. Creio que meu voo foi em 1º de junho, então, faz um ano. Com toda certeza eu sinto saudade de lá, da família e dos amigos. Isso, sem dúvidas, pode me deixar para baixo. É a parte negativa de estar fora de casa por tanto tempo", disse.
"Outros pilotos, mesmo que não morem em seus países, provavelmente estão a 30 minutos de casa, ou a um voo rápido se morarem na Europa, como a maioria mora. Logo estão mais aptos a verem a família e os amigos de forma muito mais fácil", lamentou.
"Porém, o lado positivo disso tudo é que me dá mais motivação. Penso que se fizer esses sacrifícios, ficar longe da família e dos amigos, perder eventos, o envelhecimento da família, os meus avós e tudo mais, a vida segue. Se estou aqui perdendo coisas que julgo importantes, penso que é melhor trabalhar da maneira correta, garantir que elas funcionem, caso contrário, nada valerá a pena", seguiu.
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"Então, uso isso como combustível, 100%. Mesmo em treinamento na última semana, em casa em Mônaco, tive uma boa semana de treinos. Em muitas situações mentais, me coloquei pensando em coisas como essa, para me levar cada vez adiante. Gosto de usar isso para as situações certas, mas esse ano, provavelmente, será o primeiro, desde que saí de casa em 2007, que fico com saudades de casa. Estou completamente ciente disso", refletiu.
Ao abrir o coração sobre a saudade que tem de casa, Ricciardo aproveitou para analisar o momento que vive na nova casa, a McLaren. Vindo de um bom sexto lugar no GP da França, o australiano discorreu sobre o processo de adaptação, inclusive, traçou um paralelo inusitado com suas habilidades futebolísticas e projetou que as coisas irão melhorar em breve.
"Tenho tentado usar diferentes tipos de analogias para explicar ao mundo, para tentar achar as palavras certas sobre a adaptação. E, sim, tenho guiado carros de Fórmula 1 por um bom tempo, os carros não são iguais, ao menos a categoria é a mesma", afirmou.
"Mas com a forma que o carro se mostra nesse momento, com todas peculiaridades, e a forma como ele se comporta na guiada, basicamente estou tentando chutar a bola com minha perna canhota. Obviamente, dá pra perceber que sou destro, o que é fácil, mas chutar com a esquerda é o que realmente casa com esse carro-talvez essa seja uma boa analogia. Apesar do meu desempenho na pista ser algo entre 5/10 no momento, estou confiante em melhorar essa marca com o passar do ano, então sem pânico, meus amigos", concluiu.
Como possível alento, a Fórmula 1 planeja voltar a Austrália entre os dias 19 e 21 de novembro, para realizar a 21ª etapa do campeonato, após cancelar o GP de 2020, por conta da pandemia de Covid-19.
