Hamilton quer ficar na F1 para tornar esporte mais inclusivo: "É o que me move"
Com mais dois anos garantidos na Fórmula 1, Lewis Hamilton tem a meta de tornar a categoria mais inclusive e acessível. O campeão reitera a importância também do posicionamento por causas sociais
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Com garantia de pelo menos mais dois anos na Fórmula 1, o heptacampeão Lewis Hamilton ainda tem metas a alcançar nas pistas. E não somente de títulos e vitórias: o piloto de 36 anos quer fazer do esporte um lugar mais abrangente, e não só para os pilotos. Lewis afirmou que quer oportunidades na F1 para engenheiros, mecânicos ou pessoas que jamais sonhariam em chegar lá.
Recentemente, o dono do carro #44 salientou as dificuldades que teria, caso sonhasse em ingressar na F1 nos tempos atuais, já que a categoria se tornou um "clube de meninos bilionários". Por isso, ele ressalta a importância de tornar o esporte algo mais acessível.
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"O sonho que me move este ano é tornar este esporte mais abrangente, mais inclusivo, um novo caminho dedicado a engenheiros e outras pessoas que nem sequer sonhariam em fazer parte da Fórmula 1. Eu gostaria que todas as equipes fizessem parte disso. Vivemos em um mundo onde muitas pessoas não sabem o que está acontecendo e outras pensam que, se algo não diz respeito a elas, não é preciso fazer nada", afirmou Hamilton, em entrevista à Sky Italia.
2020 foi uma temporada de grande transformação na F1 (Foto: Mercedes/LAT Images)
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Voz ativa do esporte, Hamilton sempre apoiou causas sociais, pautas de inclusão e diversidade. No movimento 'Black Lives Matter', mobilizou atletas na luta antirracista. O britânico usa redes sociais também para engajar seu público, falando sobre diversos temas que necessitam de visibilidade.
"Vivemos em um mundo onde é importante fazer sua voz ser ouvida. É uma loucura ouvir essas notícias, como a restrição dos direitos da mulher ao aborto nos Estados Unidos. É uma loucura, não é? E mesmo que, como homem, isso não me diga respeito diretamente, é justo falar sobre isso. É justo apoiar e fazer parte de uma geração que busca mudanças. Isso pode ser feito para qualquer tópico, como mudança climática e direitos humanos", acrescentou.
Vale ressaltar que, para este ano de 2021, Hamilton criou a equipe X44 no grid da Extreme E, competição que é disputada com SUVs elétricas em condições climáticas extremas e em lugares distantes do planeta. As corridas são disputadas em todos os ambientes mais remotos do mundo para demonstrar a performance dos SUVs elétricos para destacar o impacto que a mudança climática já está tendo em tais ecossistemas. Entre as novidades da categoria está a igualdade de gênero, com as equipes tendo de escalar um homem e uma mulher por carro inscrito.
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