PUBLICIDADE

Hamilton aplaude punição a Verstappen por incidente: "Orgulho dos comissários"

Lewis Hamilton entende que a decisão tomada pelos comissários abre um precedente. Sem citar o nome de Max Verstappen, o heptacampeão reiterou que o rival falhou ao não ceder espaço durante a disputa na curva 1 em Monza

13 set 2021 - 12h23
(atualizado às 12h36)
Compartilhar
Exibir comentários
Lewis Hamilton entende que os comissários acertaram na punição a Verstappen
Lewis Hamilton entende que os comissários acertaram na punição a Verstappen
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

Os comissários desportivos escalados pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para o GP da Itália consideraram Max Verstappen culpado pela colisão com Lewis Hamilton na volta 26 da corrida do último domingo (12). Os dois rivais dividiram a curva 1 do circuito de Monza e se chocaram. O carro da Red Bull ficou encavalado à Mercedes de Hamilton, e a roda traseira do bólido de Verstappen acertou o capacete do britânico, mas o impacto foi amenizado pela presença do halo. Max foi punido com a perda de 3 posições no grid de largada do GP da Rússia e o heptacampeão aplaudiu a decisão dos comissários.

Segundo o comunicado emitido pela FIA horas depois do GP da Itália, "o carro #44 [Hamilton] estava saindo dos pits. O carro #33 [Verstappen] estava na reta principal. 50m antes da curva 1, o carro #44 estava significativamente à frente do #33, que pisou no freio mais tarde e ficou lado a lado com o #44, mas sem nunca ficar à frente. O piloto do carro #33 afirmou que a culpa era do #44, que abriu o volante na curva 1 e o espremeu na curva 2. O piloto do carro #44 disse que o do #33 tentou ultrapassar tarde demais e deveria ter desistido da curva".

Hamilton aplaudiu a decisão dos comissários, que puniram Verstappen pela batida em Monza
Hamilton aplaudiu a decisão dos comissários, que puniram Verstappen pela batida em Monza
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

"Na opinião dos comissários, a manobra do carro #33 veio tarde demais, significando que não havia o direito de ter espaço [na curva 2]. O carro #44 podia virar mais o volante para evitar o acidente, mas os comissários determinaram que o posicionamento foi sensato, significando que o #33 tem a maior parte da culpa", concluiu a direção de prova em sua decisão.

Sem citar nominalmente seu grande rival na luta pelo título em 2021, Hamilton reforçou que Verstappen falhou em não ceder espaço naquele momento da disputa. Por isso, o piloto da Mercedes considerou a decisão pela punição acertada.

"No fim das contas, tenho orgulho dos comissários. Acho que preciso de um tempo para refletir sobre isso, mas acho que, definitivamente, isso abre um precedente. É um precedente importante avançar em termos de segurança dos pilotos o fato de haver regras rígidas estabelecidas", declarou o piloto em entrevista veiculada pela revista britânica Autosport.

Hamilton reforçou que é preciso ser duro na interpretação das regras para que incidentes do tipo não se repitam. "Isso vai continuar até que tenhamos de aprender com nossos cenários na pista, e não tenho um histórico quanto a esse tipo de incidente. Em última análise, quando você se safa de coisas assim, é simplesmente fácil seguir fazendo isso".

O atual vice-líder do Mundial de Pilotos deu uma explicação técnica para justificar por que, na sua visão, Verstappen errou na manobra, o que culminou com o acidente que resultou no abandono dos dois pilotos no GP da Itália. "Todos nós, pilotos, estamos no limite. Quando temos a linha de dentro, cada piloto, do passado ou do presente, vai tentar se manter nessa posição. Claro que quando você vai de um lado para outro numa curva e o carro ainda está ao seu lado em uma disputa roda a roda por fora, então você tem de ceder e dar um espaço extra quando esse carro está à sua frente".

"Há uma regra conhecida que diz que o piloto que está à sua frente tem [a preferência da] curva e, eventualmente, um piloto tem de ceder. Precisamos prestar atenção nisso e garantir que as decisões corretas estão sendo tomadas. Ninguém quer ver alguém se machucar e, se conseguirmos implementar protocolos melhores, talvez possamos evitar esse tipo de coisa no futuro", complementou.

Lewis reforçou a gratidão pelo fato de estar vivo e agradeceu principalmente pela presença do halo, que salvou sua vida. "Sinceramente, posso me considerar muito feliz hoje. Graças a Deus pelo halo que, no fim das contas, me salvou e salvou meu pescoço. Acho que nunca fui atingido antes na cabeça por um carro e é um grande impacto para mim. Não sei se você viu a imagem, mas minha cabeça estava muito inclinada para a frente. Estou há muito tempo competindo aqui e estou muito, muito grato por ainda estar aqui".

"Acho que a Angela [Cullen, sua fisioterapeuta pessoal] vai viajar comigo nos próximos dias. Provavelmente, vou precisar de um especialista só para garantir que esteja bem para a próxima corrida. Parece que está piorando um pouco, já que a adrenalina está passando, mas vou trabalhar com a Angela para acertar isso. Vou viver", sorriu o heptacampeão mundial ao encerrar.

HALO SALVA HAMILTON EM BATIDA COM VERSTAPPEN, RICCIARDO VENCE: O GP DA ITÁLIA DE F1 | Briefing

Grande Prêmio
Compartilhar
Publicidade
Publicidade