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FIA quer mais dados e descarta diretiva técnica para conter quiques em Silverstone

A FIA chegou a liberar no Canadá o uso de um suporte extra no assoalho dos carros, mas as equipes alegaram que a peça era contra o regulamento. Para Silverstone, portanto, nenhuma métrica ou mudança será promovida para ajudar a conter o porpoising

30 jun 2022 - 11h39
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A Mercedes está no centro da polêmica da diretiva técnica da FIA para conter o porpoising
A Mercedes está no centro da polêmica da diretiva técnica da FIA para conter o porpoising
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu adiar a aplicação da métrica para determinar os limites de oscilações verticais dos carros da Fórmula 1 na pista. A expectativa era de que a medida — anunciada para tentar conter o porpoising em excesso em nome da segurança dos pilotos — entrasse em vigor já a partir deste fim de semana, em Silverstone, mas a entidade alegou a necessidade de coletar mais dados para definir a métrica.

Antes do GP do Canadá, a FIA emitiu uma nova diretiva técnica com o intuito de conter os quiques dos carros em alta velocidade, fenômeno que apareceu em 2022 em decorrência das mudanças no regulamento — e, principalmente, da volta do efeito-solo. A atitude, na verdade, foi uma resposta imediata ao apelo que alguns pilotos do grid, entre eles Pierre Gasly e Esteban Ocon, fizeram por uma intervenção antes que eles sofressem danos físicos a médio e longo prazo.

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A FIA começou a coletar dados no GP do Canadá (Foto: Reprodução/Fórmula 1)

A entidade, então, anunciou que estudaria os dados coletados de cada equipe durante as atividades de pista em Montreal para determinar qual seria a mudança técnica para conter o porpoising. Para tal, usou um acelerômetro para reunir as informações necessárias, porém entendeu que será preciso uma base maior para realizar qualquer mudança efetiva.

Uma vez implementada, a chamada Métrica de Oscilação Aerodinâmica (AOM, da sigla em inglês) pode obrigar uma equipe a ter de subir a altura do carro caso seja comprovado que o excesso de quiques será prejudicial aos pilotos — e sob o risco de ser excluída do GP se não cumprir a determinação.

No Canadá, a FIA causou polêmica ao liberar o uso de um suporte extra no assoalho do carro para ajudar no controle dos saltos — e mais ainda a Mercedes, que apareceu com o aparato já nos treinos livres, levantando suspeitas das demais equipes de que já teria a mudança programada antes mesmo de ser permitida.

Acontece que o uso desse suporte é contra o regulamento técnico, que permite apenas um, e alguns times do grid ameaçaram entrar com protesto. Mattia Binotto, chefe da Ferrari, alegou que a diretiva técnica deveria ser apenas para prestar esclarecimentos sobre as regras, e não para mudá-las, dizendo que qualquer alteração, ainda que fosse em nome da segurança, teria de ser aprovada antes pelo Conselho Mundial de Automobilismo.

A Alpine também não gostou de ver a Mercedes com a peça no carro. Otmar Szafnauer reforçou a opinião da Ferrari, dizendo que diretrizes técnicas não faziam parte do regulamento.

No centro da polêmica desde o início, o time chefiado por Toto Wolff resolveu tirar o suporte extra para a classificação e corrida, justificando que a peça não surtiu o efeito desejado. E a FIA também descartou o uso do aparato durante o fim de semana em Silverstone.

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