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FIA adia para 30 de junho proibição de uso de joias e demais acessórios durante corridas

De acordo com o site holandês RacingNews365.com, o presidente da comissão médica da FIA, Dr. Sean Petherbridge, vai ter uma nova conversa com os pilotos durante o fim de semana em Mônaco sobre o uso de joias, piercings e relógios. A entidade quer proibir de vez a presença dos acessórios nas corridas a partir do GP da Inglaterra

28 mai 2022 - 07h47
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Lewis Hamilton e suas inúmeras joias
Lewis Hamilton e suas inúmeras joias
Foto: CHANDAN KHANNA / AFP / Grande Prêmio

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu adiar até 30 de junho — ou seja, véspera do fim de semana do GP da Inglaterra, décima etapa — a aplicação da regra que proíbe o uso de joias, piercings e relógios durante sessões de treinos e corrida. A informação é do site holandês RacingNews365.com.

Em Miami, a entidade havia dito que a determinação passaria a valer a partir deste fim de semana, em Mônaco. O prazo de duas corridas seria principalmente para dar tempo aos pilotos que possuem joias de difícil remoção no corpo de cumprirem o regulamento. O tema, no entanto, será discutido novamente entre os pilotos e o presidente da comissão médica da FIA, Dr. Sean Petherbridge.

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FIA endureceu restrição do uso de joias em corridas — e Hamilton protestou em Miami (Foto: CHANDAN KHANNA / AFP)

A regra quanto ao uso de joias e outros acessórios durante as corridas existe há mais de 15 anos, mas passou ao centro dos holofotes este ano. Caso seja seguida à risca, o principal afetado seria Lewis Hamilton, que possui um piercing no nariz e costuma usar brincos durante as corridas. Mas o heptacampeão já avisou que não vai ceder e ainda questionou a exceção para alianças, por exemplo.

De fato, por mais que o novo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, seja totalmente favorável à aplicação à risca da regra, a entidade se mostrou aberta a conceder aos pilotos o uso de joias de natureza pessoal ou religiosa.

A determinação sobre o que os pilotos podem ou não usar nos fins de semana de GPs — que se estende também para as cuecas — foi reforçada em Melbourne, que recebeu a terceira etapa do Mundial 2022 da F1. Apesar de não haver nenhum documento oficial que explique quais penalidades serão aplicadas aos que infringirem as regras, a revista Autosport divulgou que uma primeira infração implicaria em multa de US$ 52 mil (cerca de R$ 264 mil). Em caso de reincidência, a penalidade seria de até US$ 265 mil (R$ 1,346 milhão). E uma terceira ocorrência poderia fazer com que o piloto em questão perdesse pontos no campeonato.

Como sempre, a alegação da FIA é em prol da segurança, e entende-se que tanto joias quanto peças íntimas em tecidos comuns, sem ser antichamas, podem piorar o cenário de acidentes mais graves, como o de Romain Grosjean no Bahrein, em 2020, que ficou preso por 28s no carro em chamas ao bater contra a barreira de proteção no circuito de Sakhir. Mas o próprio piloto francês saiu em defesa de Hamilton e declarou que não teria feito diferença não estar com sua aliança de casamento na hora do acidente.

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