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Ferrari reclama de gastos com tecnologias que "contribuem pouco para espetáculo" na F1

Gastar mais e ter a melhor tecnologia ou poupar dinheiro e pensar mais no espetáculo? Piero Ferrari pede que a Fórmula 1 considere a segunda opção com mais carinho

8 mar 2021 - 10h51
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Alexander Albon toca em Pierre Gasly na largada. O tailandês foi apenas 15º
Alexander Albon toca em Pierre Gasly na largada. O tailandês foi apenas 15º
Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

A Fórmula 1 se orgulha de sua tecnologia de ponta e de seus carros velozes, mas até que ponto isso vale a pena? Para Piero Ferrari, filho de Enzo Ferrari, o momento é de reflexão a respeito disso: a categoria passou a gastar demais com novidades técnicas, mas ainda sofrendo para melhorar o espetáculo frente ao público.

"Com os efeitos da pandemia, só é possível acompanhar a Fórmula 1 através da televisão", começou Piero, entrevistado pela revista britânica Autosport. "Temos os monopostos mais rápidos da história, mas as imagens que chegam até nós pela televisão não nos passam as sensações de alguém que vai ao autódromo e vê com os próprios olhos. Esses são carros que vão além dos 330 km/h, mas quem vê pela televisão fica com a sensação de que é a mesma velocidade da Fórmula 2. É aí que eu me pergunto: qual é o ponto de investir tão pesado em soluções técnicas que contribuem tão pouco para o espetáculo?", seguiu.

Os gastos da Fórmula 1 subiram consideravelmente em 2014, quando os tradicionais motores V8 foram trocados pelos V6 Turbo, híbridos e mais complexos. Os carros se tornaram mais rápidos, mas uma era de amplo domínio da Mercedes levou a resultados mais previsíveis. O momento é de reflexão, com novo regulamento técnico previsto para 2022 e nova configuração de unidades de potência prevista para 2026.

Como será o futuro da Fórmula 1?
Como será o futuro da Fórmula 1?
Foto: Racing Point / Grande Prêmio

"Eu falei recentemente com o Bernie Ecclestone, com quem eu faço de tempos em tempos pelo telefone. A Fórmula 1 precisa ser um esporte que volte a oferecer entretenimento ao público. Temos monopostos muito rápidos, com tecnologia muito avançada, mas alguém sabe sobre isso?", encerrou Piero.

Em busca de um balanço entre tecnologia de ponta e gastos, a F1 resolveu manter regulamento virtualmente idêntico na transição entre 2020 e 2021, guardando novidades para 2022.

A nova temporada começa dentro de três semanas. O GP do Bahrein, primeiro de 2021, está marcado para 28 de março.

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