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Ferrari já considera sofrer sanção por estourar teto de gastos da F1: "Impossível ficar abaixo"

Mattia Binotto explicou que há uma margem de 5% além do limite de gastos, fixado atualmente em US$ 140 milhões, e que, se a Ferrari conseguir ficar dentro dessa porcentagem, deve receber uma infração menor da FIA

28 mai 2022 - 10h29
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Mattia Binotto já prevê punição à Ferrari por excesso de gastos
Mattia Binotto já prevê punição à Ferrari por excesso de gastos
Foto: Scuderia Ferrari / Grande Prêmio

O limite orçamentário da Fórmula 1 está causando uma verdadeira dor de cabeça para as equipes — principalmente as maiores —, e a Ferrari já reconhece que será impossível ficar dentro dos US$ 140 milhões (aproximadamente R$ 660 milhões, na cotação atual) fixados para a temporada 2022. Mattia Binotto explicou à revista Autosport que há uma margem de 5% além do teto atual que, se não for ultrapassada, renderia uma sansão menor. Os italianos, portanto, devem cair nesse valor, independentemente do tipo de penalidade que isso possa acarretar.

O novo regulamento técnico trouxe muitos desafios para os times, que sempre estão em busca de soluções para melhorar a performance de seus respectivos carros. Acontece que, por causa do teto de gastos, eles ficam impossibilitados de promover atualizações em todas as corridas, e isso tem gerado reclamações principalmente das quatro principais equipes, Ferrari, Red Bull, Mercedes e McLaren.

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A Ferrari só vai levar atualizações para Silverstone por causa do teto orçamentário da F1 (Foto: Ferrari)

Binotto afirmou, por exemplo, que a Ferrari só levaria peças novas para a F1-75 em Silverstone, prova que acontece na primeira semana de julho. "Acho que não haverá como ficarmos abaixo [do teto], tenho certeza de que, em algum momento, vamos ultrapassá-lo", admitiu o italiano.

"No regulamento, há uma margem de 5% além do teto inicial, e se você não ultrapassar esses 5%, isso pode ser visto como uma infração menor. Como eles [FIA] vão decidir isso em termos de penalização, não faço ideia", acrescentou, frisando que "não acha certo ter de demitir pessoas" para ficar dentro do orçamento da F1.

De acordo com o livro de regras da categoria, exceder o limite de gastos pode provocar sanções que vão desde uma repreensão pública, perda de pontos no Mundial de Pilotos e Construtores, suspensão em corridas ou mesmo redução de testes aerodinâmicos e orçamento ainda mais reduzido para o futuro. Mas Binotto acredita que não é só a Ferrari que vai acabar gastando mais que US$ 140 milhões.

"Já estamos no verão, e o valor não é o bastante para cobrir os custos excessivos. Quais serão as implicações, então?", questiona o chefe de Maranello. "A questão mais importante é que muitas equipes vão estourar esse teto, e acredito que isso será muito ruim para o regulamento financeiro. Agora, se ele está sendo violado, isso deve iniciar o debate sobre a funcionalidade dessa regra, trazendo de volta a discussão sobre o tema", finalizou.

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