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Doria usa assaltos a equipes para defender privatização de Interlagos

12 nov 2017 - 14h21
(atualizado às 22h21)
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O prefeito paulistano João Doria (PSDB) utilizou os espisódios de violência envolvendo a Mercedes e a Sauber como argumentos para ressaltar a importância de se privatizar o Autódromo de Interlagos, sede do GP do Brasil de Fórmula 1 em 35 oportunidades, contando com a corrida deste domingo.

"É lamentável o que ocorreu, felizmente não houve nenhuma pessoa ferida. Temos de extrair disso uma boa lição, e nos próximos eventos em São Paulo aumentar a segurança. A própria privatização do autódromo vai contribuir para que tenhamos sistemas de segurança não só na área interna, mas também na parte externa", afirmou o tucano, neste domingo, momentos antes da corrida, em Interlagos.

O prefeito de São Paulo aproveitou para rebater a declaração do piloto Felipe Massa, da Williams, de que se sentia envergonhado por ser brasileiro em razão do assalto a membros da equipe Mercedes.

"Gosto muito do Felipe, mas circunstâncias como essa já aconteceram em outros autódromos no mundo e nunca ninguém disse que tinha vergonha de ser do país. Já vi movimentos que prejudicaram equipes, como roubos de equipamentos de tecnologia dentro de autódromos de primeiro mundo. São circunstâncias que podem ocorrer em países até de primeiro mundo", explicou.

"Entendo a preocupação do Felipe, que é muito solidário aos companheiros de outras equipes. É o último ano em que corre na F1, foi um grande piloto, um grande brasileiro, vamos sentir a falta dele nas pistas", ponderou.

A privatização de bens públicos é uma das principais bandeiras de Doria à frente da prefeitura de São Paulo. Além de Interlagos, o tucano almeja desestatizar o Sambódromo do Anhembi, o Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Parque do Ibirapuera e o Bilhete Único.

Na última sexta-feira, o vereador Mário Covas (PSDB) obteve liminar da Justiça contra a votação que aprovou a privatização de Interlagos, dois dias antes. O prefeito, contudo, mantém a confiança de que a ação será barrada e o autódromo passará a ser de propriedade privada ainda no primeiro semestre de 2018.

Foi o que disse em conversa com o britânico Bernie Ecclestone, ex-chefe da F1, que está em São Paulo para acompanhar a penúltima etapa do Mundial 2017. "Reafirmei a ele que a decisão da privatização é irreversível. Provavelmente em dez dias teremos a aprovação do tribunal ao recurso que foi impetrado pela câmara municipal", projetou Doria.

"Tenho convicção de que a justiça terá essa liberação no máximo na outra semana. Então partimos para a segunda votação, e haverá essa aprovação. Estamos muito tranquilos em relação à base e na sequência o autódromo será privatizado", garantiu o prefeito.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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