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Diretor médico do GP do Brasil revela novas medidas de segurança da F1

27 jun 2017 - 09h21
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A atual temporada da Fórmula 1 vem se mostrando uma das mais velozes e emocionantes dos últimos tempos. Os pilotos vêm quebrando diversos recordes nas pistas e trazendo cada vez mais competitividade à modalidade. Nesta segunda-feira, em evento realizado na capital de São Paulo, o diretor médico do Grande Prêmio do Brasil, Dino Altmann, revelou algumas medidas de segurança que a categoria pode adotar nos próximos anos.

O experiente diretor revelou a proposta de uma proteção para o cockpit, que visa a segurança da cabeça do piloto, e que está sendo estudada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O projeto foi batizado de shield, palavra da língua inglesa que pode ser traduzida livremente como "escudo".

"O projeto era para ser introduzido a partir de 2018, mas, por uma série de razões, ele não foi considerado a melhor das opções, principalmente na parte estética. Foi pensada, então, uma solução intermediária, de 1 a 5 quilos e que suportaria até 10 mil joules, 2.000% a mais do que podem oferecer os atuais capacetes. Por enquanto, tem o nome de shield", afirmou Altmann em apresentação.

Quando questionado sobre a opinião dos pilotos sobre as possíveis mudanças, Altmann explicou que existe um 'conflito de ideias' entre os profissionais. E ainda lembrou do acidente que envolveu Felipe Massa, em julho de 2009. Na disputa do GP da Hungria, uma mola acabou se chocando com o capacete do piloto brasileiro.

Além do projeto de proteção aos pilotos, Altmann também trouxe em sua apresentação o mecanismo da empresa Toyota que leva o nome de Thums. O software simula ferimentos em pilotos causados por acidentes de Fórmula 1. O mecanismo apresenta dados mais concisos e precisos dos que a organização possui atualmente.

"Este modelo é uma grande esperança na área de medicina do automobilismo, afim de previr e evitar novas lesões. O modelo possui toda a programação da estrutura do corpo humano, e podem mimetizar lesões que ocorrem em acidentes reais. Você alimenta o computador com dados de acidentes reais, e a Toyota irá trabalhar para entender melhor como o acidente ocorreu e como poderia ter sido previsto", afirmou Altmann. "Esses manequins de hoje em dia não conseguem ter a mesma estrutura óssea", completou o diretor.

* Especial para a Gazeta Esportiva

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