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Diretor de prova vê negociação com Red Bull em Jedá como normal: "Acontece todo ano"

Michael Masi diz que podia oferecer à Red Bull possibilidade de devolver a posição de Max Verstappen, mas que decisão de punição ou não ao piloto depende da decisão dos comissários

6 dez 2021 - 08h57
(atualizado às 09h00)
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Michael Masi rechaçou anormalidade em conversa com a Red Bull pelo rádio em Jedá
Michael Masi rechaçou anormalidade em conversa com a Red Bull pelo rádio em Jedá
Foto: Alfa Romeo / Grande Prêmio

F1 NA ARÁBIA: HAMILTON VENCE, VERSTAPPEN 2°: EMPATE NA DECISÃO | Briefing

O diretor de provas da FIA, Michael Masi, explicou o motivo de ter aparentemente "negociado" com a Red Bull a posição de Max Verstappen na segunda e última relargada do GP da Arábia Saudita, disputado no último domingo (5), em Jedá. Após ativação de bandeira vermelha por acidente que envolveu pelo menos quatro carros, a ordem de retorno aos boxes foi Verstappen em primeiro, Esteban Ocon em segundo, e Lewis Hamilton em terceiro. No entanto, Masi foi ouvido na transmissão no momento em que "oferecia" aos taurinos devolverem a posição no grid de largada.

"Eu não chamaria de acordo, já que pela minha perspectiva como diretor de prova, eu não tenho autoridade para instruir os times a fazerem qualquer coisa", explicou Masi. "Nessa situação, eu posso fazê-los uma oferta, tenho a habilidade de fazer isso. Mas a escolha é deles [comissários]", afirmou.

Com as comunicações pelo rádio entre as equipes e o diretor de prova sendo mostradas na transmissão pela primeira vez em 2021, Masi explicou que esse tipo de negociação sempre ocorreu. O dirigente ainda disse que são os comissários que possuem o poder de punir ou não os pilotos, e que em sua função, ele pode apenas oferecer aconselhamento aos times, ao invés de forçá-los a fazerem alguma coisa. No entanto, caso a escuderia em questão não aceite, o diretor pode encaminhar o assunto para uma decisão dos comissários.

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Momento da relargada em que Verstappen ataca por dentro, e Hamilton fica espremido entre o holandês e Ocon (Foto: Dan Mullan/Getty Images/Red Bull Content Pool)

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"Os comissários estão obviamente com o poder de distribuir penalidades, mas eu posso dar minha perspectiva, e foi por isso que eu lhes ofereci a possibilidade de devolver a posição", pontuou. "Foi um resultado da bandeira vermelha que apareceu com o incidente da curva 3. A prioridade em qualquer situação de paralisação é garantir que os pilotos estejam seguros, e então começar o reinício — limpando a pista e assim por diante", comentou.

Na ocasião, Sergio Pérez espremeu Charles Leclerc após a virada na curva 2, e o monegasco tocou na Red Bull do mexicano, que rodou. Em seguida, George Russell tentava se esquivar dos carros na pista e dos destroços, quando Nikita Mazepin encheu sua traseira e ambos também precisaram abandonar. Assim, a corrida em Jedá foi paralisada e os carros retornaram ao pit-lane para aguardar a limpeza da pista.

Então, foi possível ver a comunicação entre Masi e Jonathan Wheatley, diretor esportivo da Red Bull, em que o diretor de prova inicialmente aceita a proposta da equipe austríaca de deixar Max largar em segundo, atrás de Ocon. No entanto, Masi revê o momento do incidente, e então "oferece" à Red Bull que alinhe o carro #33 no terceiro lugar, atrás do francês e também de Hamilton.

"Quando eu vi [o incidente] acontecer na curva 2, imediatamente sugeri aos comissários que iria dar à equipe [Red Bull] o direito de devolver a posição", revelou. "A bandeira vermelha com certeza durou pouco depois, e essa era a prioridade antes de voltarmos. Estávamos suspensos, e era o momento de corrigir antes de voltar a correr. É uma discussão normal, que acontece regularmente em todos os anos", encerrou Masi.

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