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Diretor da FIA revela plano de ter carros "mais curtos e estreitos" na F1 a partir de 2026

Diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis garantiu que um dos planos da F1 para o próximo regulamento de motores, em 2026, é construir carros menores e mais leves

7 dez 2022 - 11h07
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A F1 planeja ter carros mais leves a partir de 2026
A F1 planeja ter carros mais leves a partir de 2026
Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio / Grande Prêmio

Em um 2022 que apresentou um novo regulamento técnico da F1 para o mundo, o peso dos carros da categoria foi mais comentado do que nunca. A própria Red Bull, que varreu completamente a modalidade na temporada, admitiu que o foco principal da equipe, após a construção do RB18, foi diminuir seu peso para as etapas futuras. E Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, acredita que o peso será ainda menor a partir da implementação do conjunto de regras de 2026.

"É realístico fazer com que eles [carros] sejam um pouco mais leves, sem uma grande diminuição", disse Tombazis ao portal inglês The Race. "Temos de considerar que a diferença de peso desde 2000, 20 anos atrás, é em torno de 200kg — que é um número grande. E desses 200kg, cerca de 100kg são por causa da unidade de potência, das partes elétricas, da bateria, os turbos e tudo mais. É um aumento grande de peso", admitiu.

Além das novas tecnologias, que certamente conferiram um peso maior aos carros, Tombazis destacou a direção que a Fórmula 1 tomou nos últimos anos. Segundo o diretor da FIA, a categoria não negocia suas preocupações com segurança e sustentabilidade, fatores que também podem influenciar no aumento do peso.

Carros ficaram ainda mais pesados em 2022, e a F1 já planeja uma redução para 2026
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Foto: Mark Thompson/Getty Images / Grande Prêmio

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"Mas é necessário manter a Fórmula 1 relevante para as direções da sociedade. Enquanto um petroleiro pode querer um V10 e fim da história, sabemos que temos de ir na direção em que estamos. Algo em torno de 50kg são por segurança. Halo, um chassi mais forte, proteções maiores, etc. Novamente, ninguém quer comprometer isso", salientou.

Sem querer arriscar a segurança dos monopostos e a qualidade dos componentes do motor — que deve subir de peso com o regulamento de 2026 —, Tombazis destacou qual será o caminho para se ter carros mais leves na F1: as dimensões dos bólidos. Segundo ele, a construção de carros menores é possível e seria suficiente para conter o aumento de peso.

"Então, temos de ver onde teremos essa oportunidade", afirmou. "Existem de 15kg a 20kg a mais por causa dos sistemas complexos do carro e entre 30kg e 35kg devido à dimensão do carro. Então, acreditamos que a oportunidade esteja nas dimensões. Queremos que os carros de 2026 sejam bem mais curtos e provavelmente mais estreitos também, já que tudo isso vai conter o aumento de peso", ressaltou.

"Por outro lado, teremos um aumento de bateria, porque estamos entrando em uma fase mais elétrica — e isso vai adicionar um pouco de peso", admitiu. "Então, no fim das contas, acho que [os carros] serão um pouco mais leves, mas não por muita coisa", avaliou Tombazis.

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