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Como está sendo conduzida a nebulosa questão dos direitos de transmissão da F1

Victor Martins, Evelyn Guimarães e Flavio Gomes abordaram as negociações da Liberty Media pelos direitos de transmissão da Fórmula 1 no Brasil com o consórcio Rio Motorsports, marcado recentemente pelo calote dado à Dorna para a exibição da MotoGP nos canais Fox Sports

28 set 2020 - 12h34
(atualizado às 16h46)
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Lewis Hamilton contornou na frente a primeira curva do GP da Bélgica
Lewis Hamilton contornou na frente a primeira curva do GP da Bélgica
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

Como explicar o fato de o consórcio que recentemente aplicou um calote na Dorna — empresa que promove e organiza o Mundial de Motovelocidade — para a exibição da MotoGP nos canais Fox Sports pode estar tão próxima ao Liberty Media, a ponto de anunciar, dias atrás, acordo para ter os direitos de transmissão da Fórmula 1 nos próximos cinco anos? No Briefing logo após o GP da Rússia do último domingo (27), Victor Martins, Evelyn Guimarães e Flavio Gomes abordaram a negociação misteriosa e estranha entre a empresa que gere a principal categoria e o consórcio Rio Motorsports.

A empresa liderada por JR Pereira é a mesma que almeja construir, na Floresta de Camboatá, em Deodoro, o autódromo para que seja possível levar de volta o GP do Brasil de Fórmula 1 ao Rio de Janeiro. A origem do dinheiro para a construção do autódromo, orçado em cerca de R$ 800 milhões, é ocultada pelo empresário.

Os jornalistas do GRANDE PRÊMIO explicaram por que a Globo não renovou contrato com o Liberty Media e as emissoras com potencial para transmitir o Mundial de Fórmula 1 a partir de 2021. SBT? Band? Cultura? Quem poderia exibir a categoria em TV aberta a partir do ano que vem? E em quais condições?

Gomes externou preocupação sobre a ingenuidade do Liberty Media frente à questão: "Não entendo exatamente o que está acontecendo. Não entendo como a Fórmula 1 cai no conto do Rio Motorsports. É um consórcio criado há pouquíssimo tempo, que ganhou uma concorrência suspeitíssima para construir um autódromo onde não pode construir, com um dinheiro que ninguém sabe de onde vai vir, que deu um calote na MotoGP e que agora se diz dono dos direitos de transmissão da Fórmula 1 para o Brasil porque ninguém mais se interessou".

Assista ao debate completo abaixo:

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Os dez últimos novos vencedores da Fórmula 1

Ao cruzar a linha de chegada no mítico circuito de Monza e vencer de forma incrível o GP da Itália, Pierre Gasly tornou-se o 109º piloto da história a triunfar em uma corrida do Mundial de Fórmula 1. A bordo do carro da AlphaTauri empurrado pelo motor Honda, o francês de 24 anos quebrou uma hegemonia do trio Mercedes-Red Bull-Ferrari que durava desde quando Kimi Räikkönen faturou o GP da Austrália de 2013 com a Lotus, sucessora e, ao mesmo tempo, antecessora da Renault como conhecemos hoje. Gasly entrou para a galeria dos novos vencedores da F1.

Trata-se de uma façanha e tanto. Mas também é verdade que, cada vez menos, a Fórmula 1 conhece novos pilotos vencedores. Desde que Heikki Kovalainen venceu o GP da Hungria de 2008 a bordo da McLaren e tornou-se o 100º homem da história a triunfar em uma etapa do Mundial, somente outros nove competidores triunfaram pela primeira vez. E tudo isso num espaço de quase 11 anos.

Tudo depende muito da ordem de forças e da dinâmica da Fórmula 1 em cada temporada. Naquele 2008, por exemplo, além de Kovalainen e Sebastian Vettel, que assim como Gasly, venceu em Monza a bordo da Toro Rosso, antigo nome da AlphaTauri, Robert Kubica subiu ao topo do pódio pela primeira e única vez na carreira a bordo de uma BMW que despontava como uma das forças daquele campeonato.

Com o passar dos anos e a polarização da Fórmula 1, sobretudo a partir do início da era híbrida de motores, vencer corridas tornou-se praticamente um monopólio de quem corria por Mercedes, Red Bull e Ferrari. Tanto que, entre 2014 e 2019, quatro pilotos provaram o doce sabor da vitória pela primeira vez, e sempre correndo por uma dessas equipes. Até que Gasly quebrou a sequência no último domingo. Tudo isso só representa, ainda que a conquista do francês tenha sido circunstancial, o gigante feito logrado em Monza.

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