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Com recordes e títulos, só vício em sucesso impede GPs 'amistosos' para Hamilton

Lewis Hamilton tem o recorde de vitórias da F1 e, dentro de algumas semanas, sete títulos mundiais. O britânico podia relaxar na últimas corridas, mas já sabemos que isso não vai acontecer

29 out 2020 - 05h02
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Apesar da facilidade na vitória, Hamilton reclamou de câimbras ao longo da corrida em Portimão
Apesar da facilidade na vitória, Hamilton reclamou de câimbras ao longo da corrida em Portimão
Foto: Beto Issa / Grande Prêmio

Lewis Hamilton já não tem muito o que conquistar na Fórmula 1, verdade seja dita. O britânico virou dono do recorde absoluto de vitórias na categoria, superando Michael Schumacher, e só perde o título da temporada 2020 em caso de catástrofe. Para muitos pilotos, seria o momento de relaxar e baixar a guarda. Não para Hamilton: a busca incessante por sucesso é garantia de um piloto ainda dando o melhor em qualquer oportunidade.

Ainda é cedo para dizer exatamente quando Hamilton será campeão, mas a vantagem de 77 pontos com 130 em jogo indica um possível heptacampeonato com três corridas de antecedência. Ainda assim, Lewis iria para a reta final com a tranquilidade de saber que precisa apenas manter Valtteri Bottas e Max Verstappen sob controle para acumular mais triunfos.

E aí vamos para 2021. Como se sabe, os carros serão quase iguais aos de 2020, com a mudança drástica de regulamento ficando adiada para 2022. Em outras palavras, Hamilton volta a ficar em posição favorável para empilhar triunfos por mais um ano, isso antes de uma suposta reorganização nas forças da Fórmula 1.

Lewis Hamilton empilha vitórias e títulos (Foto: Beto Issa)

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Verstappen já falou abertamente que espera que Hamilton supere a barreira de 100 vitórias com facilidade. O novo recorde absoluto de vitórias, então, seria dificílimo de ser alcançado. Mesmo que Hamilton não continue no grid por muito mais tempo, é totalmente plausível que o número suba vertiginosamente.

E esse é um feito que tem a ver com o amplo domínio da Mercedes, já o maior da história da Fórmula 1, mas talvez tenha ainda mais a ver com um verdadeiro vício de Hamilton em sucesso. O britânico já poderia ter tomado o mesmo caminho de Nico Rosberg, que foi campeão e saiu por cima para explorar outros interesses fora das pistas. Foi uma decisão elogiável e que aparenta dar certo, mas que não faria sentido para Lewis. Por mais que o #44 tenha hobbies que vão muito além das pistas, é a chance de ganhar sempre que possível que faz a F1 valer a pena.

Isso pode ser chato para quem está cansado de ver Hamilton ganhando, mas garante algo importante no fim de 2020: as corridas que faltam não serão meros passeios para Lewis. O britânico ainda vai se esforçar para correr no limite, o que impede um clima de fim de feira na reta final.

Hamilton há de cansar de tanto vencer em algum momento, claro. O britânico já até falou abertamente sobre o que o futuro reserva após o fim da carreira na Fórmula 1, indicando que o próximo contrato com a Mercedes tem chances reais de ser o último. Até mesmo quem ganha sempre vai ter vontade de se afastar.

Uma possível fronteira final para Hamilton é a conquista de mais dois títulos na F1. Ou seja, ir ao octacampeonato para superar Schumacher como dono isolado de todos os recordes de real importância da categoria. Até lá, o público ainda vai ter a chance de ver alguém dando show - seja para garantir mais um título, seja apenas pelo desejo de vencer.

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