PUBLICIDADE

Chefe diz que Mercedes não tinha como prever rixa Hamilton-Rosberg: "Não vou mais permitir"

Chefe da Mercedes, Toto Wolff relembrou a enorme rivalidade vivida nas garagens da equipe alemã quando Lewis Hamilton e Nico Rosberg passaram a se enfrentar pelo título. O austríaco admitiu que era impossível prever a rixa, mas disse que não pretende reviver algo parecido

11 abr 2021 - 04h17
Compartilhar
Exibir comentários
Toto Wolff não deseja ter de lidar com nova rivalidade na Mercedes
Toto Wolff não deseja ter de lidar com nova rivalidade na Mercedes
Foto: AFP / Grande Prêmio

Desde que a Mercedes passou a dominar a Fórmula 1 em 2014, poucos adversários foram capazes de bater de frente com a equipe, que acabou vivendo dentro de suas garagens uma grande rivalidade. Guiando o melhor carro do grid, Lewis Hamilton e Nico Rosberg passaram a se enfrentar pelo título, sendo que o auge da disputa aconteceu em 2016. Os duelos entre eles foram marcados por batidas e abandonos, além de muita troca de farpas.

Hamilton e Rosberg se conheceram ainda crianças e chegaram a dividir uma equipe de kart, antes de se encontrarem novamente na Fórmula 1. O britânico, campeão do mundo em 2008, decidiu trocar a McLaren pela Mercedes em 2013 e, durante quatro temporadas, compartilhou a esquadra da marca da estrela com o filho de Keke Rosberg.

As batalhas pelo campeonato geraram diversos momentos de tensão entre os dois, como nos acidentes nos GPs da Bélgica de 2014, da Espanha e da Áustria, em 2016, especialmente. Lewis levou a melhor nos dois primeiros anos da era híbrida, enquanto Nico foi campeão na terceira temporada. Após a taça, Rosberg decidiu se aposentar, abrindo caminho para Valtteri Bottas a partir de 2017.

+Os salários de todos os pilotos da Fórmula 1 para temporada 2021

+Mercedes anuncia saída de Allison como diretor-técnico em plano de sucessão

Toto Wolff precisou lidar com a extrema rivalidade que se criou na Mercedes entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg
Toto Wolff precisou lidar com a extrema rivalidade que se criou na Mercedes entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

Lembrando da conflituosa fase de disputa interna, Toto Wolff acredita que era impossível prever a hostilidade que se instaurou entre os dois pilotos. O austríaco ainda descartou a ideia de que o atrito ajudou a tornar os dois pilotos melhores. "Não tenho certeza se isso fez bem, porque há muita negatividade, e você ainda precisa ser um cara que trabalha pela equipe", afirmou Wolff em depoimento ao podcast High Performance.

"Se o ambiente na sala de reunião for negativo, porque os dois pilotos são hostis um contra o outro, isso se estenderá para todos e é algo que não vou mais permitir", admitiu.

O dirigente também explicou que nunca conseguiu entender o cerne do atrito entre Hamilton e Rosberg, acrescentando que havia um "contexto histórico" que a Mercedes desconhecia. E pode nunca vir a conhecer totalmente. "Não pude mexer na dupla, porque os pilotos foram contratados antes de eu chegar à equipe."

"Ninguém realmente pensou em qual seria a dinâmica entre os dois. O passado deles. Havia um contexto histórico que não sabíamos e talvez nunca saberemos", completou.

+Verstappen diz que Hamilton merece crédito: "Um dos melhores pilotos de todos os tempos"

A primeira batida entre Hamilton e Rosberg aconteceu em Spa-Francorchamps em 2014
A primeira batida entre Hamilton e Rosberg aconteceu em Spa-Francorchamps em 2014
Foto: Reproduçã / Grande Prêmio

"É por isso que sempre estudamos o comportamento, como os pilotos trabalham um com o outro e o que acontece em caso de problemas. Aceitamos o desconforto e a dor de ter uma disputa, mas ainda queremos manter uma dinâmica positiva dentro do time", emendou Toto.

Wolff também reconheceu que, no início do trabalho na Mercedes, foi difícil entender o que acontecia na equipe. "Foi complicado, porque eu era um novato na F1. Nico e Lewis já estavam no esporte há mais tempo."

"Mas, mesmo assim, consegui criar um ambiente em que eles tinham de respeitar a equipe, às vezes com mão de erro. Eles compreenderam que não podiam nos decepcionar. Não podiam decepcionar a Mercedes", contou.

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! .

Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

"Em 2014, senti que havia um comportamento egoísta. Eu disse a eles que, da próxima vez que se aproximarem do outro carro, do seu companheiro de equipe, pensem na marca Mercedes. Pensem nos indivíduos da equipe. Pense em Dieter Zetsche, o CEO da Mercedes. Isso vai mudar a maneira como agem. Não vai colocar seu colega de equipe contra a parede", encerrou.

De fato, após a saída de Rosberg e a chegada de Bottas, a Mercedes jamais viveu novamente um clima de rivalidade. O finlandês nunca se mostrou um adversário real de Hamilton.

Grande Prêmio
Compartilhar
Publicidade
Publicidade