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Calorão na Hungria confunde e põe Mercedes à frente. Mas Red Bull tem como virar jogo

Com o asfalto acima dos 60ºC em um dia escaldante, a Fórmula 1 sofreu na Hungria. E as forças se inverteram. A Mercedes, que tradicionalmente tem dificuldade no calor, liderou o dia, enquanto a Red Bull se viu mais sensível às altas temperaturas. Só que as condições tendem a mudar no resto do fim de semana, e isso parece favorecer os taurinos

30 jul 2021 - 17h23
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Valtteri Bottas liderou o TL2 do GP da Hungria e projetou brigar pela pole-position na classificação
Valtteri Bottas liderou o TL2 do GP da Hungria e projetou brigar pela pole-position na classificação
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

A Fórmula 1 vive um fim de semana incandescente na Hungria. Depois dos desdobramentos do acidente da Inglaterra, envolvendo Lewis Hamilton e Max Verstappen, e o pedido de revisão da punição rejeitado, os carros enfim voltaram à pista sexta-feira, para os primeiros treinos livres da etapa húngara, a última antes da pausa do verão europeu. E falando na estação, as temperaturas altas hoje tornaram mais difícil entender a posição de força de cada uma das duas equipes ponteiras. O dia foi marcado pela busca por aderência e equilíbrio, tentando driblar o calorão. E neste cenário, quem melhor lidou com as condições extremas foi a Mercedes.

Historicamente, a equipe alemã sempre enfrentou mais dificuldades com o calor excessivo. Mas essa sensibilidade parece ter sido anulada por um bom acerto do W12, além da melhor adaptação à gama intermediária. O carro preto apresentou desempenho interessantes nos setores mais travados, mas também nos trechos de velocidade. Inclusive, superou o RB16B em reta. Com o asfalto acima de 60ºC durante a tarde húngara, Valtteri Bottas e Hamilton foram quase 0s3 mais rápidos que o rival holandês.

O ritmo de classificação parece muito maior do lado dos heptacampeões. "Parece que amanhã vamos lutar pela pole", disse Bottas, o mais rápido do dia. De fato, performance está ligeiramente que a adversária, apenas 0s01. "Estou bem otimista com as temperaturas extremas neste momento. Estou otimista porque definitivamente podemos evoluir o balanço do carro, e isso nos colocar em uma boa posição para a corrida. Mas, claro, é muito melhor pilotar quando está fresco", afirmou o piloto britânico da Mercedes, que disse "que provavelmente perdeu 3kg" com o calor.

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"Tivemos um início difícil com o pneu duro nesta manhã, porque a aderência e o equilíbrio simplesmente não estavam lá", explicou Andrew Shovlin, engenheiro de pista da Mercedes. "Com o passar do dia, parecíamos melhorar em volta única, embora ainda estejamos achando o equilíbrio um tanto complicado. Pode ser que seja igual para todos, afinal a pista está a 60°C e os pneus estão superaquecendo, o que torna a simulação de corrida mais difícil. Mas no geral, é encorajador ver os dois carros no topo da tabela", completou.

Agora em termos de desempenho de corrida, a Red Bull está um pouco frente. As simulações apontam para uma vantagem de 0s02. E essa não é a única boa notícia para os energéticos. Pela manhã, as temperaturas estavam mais amenas, e aí Verstappen foi capaz de um imprimir um ritmo mais próximo daquilo que se espera do carro austríaco, que também costuma ter boa performance em circuitos de baixa velocidade.

A questão é que a previsão do tempo indica uma queda de temperatura e uma chance de 70% de chuva ao longo do sábado. Além disso, a Honda explicou que o motor do carro de Verstappen não possui qualquer dano. A unidade havia sido levada para o Japão, como forma de avaliação mais minuciosa, depois da batida forte do GP da Inglaterra. Nesta sexta, Max testou o motor e nada foi notado.

Max Verstappen liderou o TL1 do GP da Hungria (Foto: Red Bull Pool Content/ Getty Images)

O calor parece ter sido o grande vilão para os taurinos. Verstappen contou que a equipe mexeu no acerto entre os treinos, e isso, aliado à temperatura, não surtiu o efeito esperado. O dono do carro #33 reclamou demais que a configuração deixou o carro saindo de frente. "Mudamos muitas coisas", reforçou o holandês.

"Agora precisamos entender o que funcionou e o que não funcionou. As temperaturas não nos ajudaram, as condições que encontramos na pista não tornaram as coisas mais fáceis. Sofremos mais na simulação de classificação, mas acho que são todos problemas que podemos solucionar. Continuo confiante", garantiu.

Ainda que as condições do clima tenham tornado qualquer avaliação mais confusa, um ponto parece certo: de novo, a Fórmula 1 vai ver as duas principais equipes em uma disputa parelha. A Mercedes foi capaz de driblar suas fraquezas, enquanto a Red Bull tem potencial para melhorar seus pontos fortes. E com temperaturas menos extremas, a Hungria se torna imprevisível.

A Fórmula 1 volta a acelerar em Hungaroring neste sábado. O terceiro treino livre está marcado para 7h (de Brasília, GMT-3), enquanto a classificação acontece às 10h. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

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