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Após polêmica, FIA confirma reunião para mudar regras na F1

Após GP da Bélgica com 4 voltas e pontuação dividida a pilotos, Jean Todt diz que o tema será discutido em encontro da Comissão da Fórmula 1

31 ago 2021 - 15h00
(atualizado às 15h40)
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O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, anunciou nesta terça-feira a possibilidade de fazer alterações nos regulamentos da Fórmula 1 após os acontecimentos ocorridos no GP da Bélgica, domingo passado, no circuito de Spa-Francorchamps, quando, por causa da forte chuva, apenas quatro voltas, com presença do safety car, foram disputadas e a pontuação reduzida à metade aos 10 primeiros colocados. A vitória ficou com o holandês Max Verstappen, que largou da pole pela Red Bull.

Max Verstappen segue o safety car durante o curtíssimo GP da Bélgica do último domingo
Max Verstappen segue o safety car durante o curtíssimo GP da Bélgica do último domingo
Foto: Reprodução/@formula1.com

Em nota divulgada no Twitter, Todt informou que vai colocar o assunto em pauta na próxima reunião da Comissão da F1, que ocorrerá dia 5 de outubro. "A FIA, junto com a Fórmula 1 e as equipes, revisarão cuidadosamente os regulamentos para ver o que pode ser aprendido e aprimorado no futuro", disse o dirigente. "O tópico sobre os pontos será adicionado à agenda da próxima reunião da Comissão da F1 em 5 de outubro."

A Comissão da F1 é um órgão regulador que compreende membros da FIA, detentores dos direitos comerciais da categoria máxima do automobilismo e as equipes. Há 30 votos disponíveis - 10 para a FIA, 10 para F1 e 10 para as equipes - e uma maioria é necessária para que os regulamentos sejam apresentados ao Conselho Mundial de Esportes Motorizados para ratificação.

As mudanças de regra para o ano seguinte exigem um total de 26 votos, enquanto os ajustes para a temporada atual exigem uma maioria de 28 votos. Os problemas ocorridos na Bélgica, que o piloto Lewis Hamilton, da Mercedes, rotulou como uma '"farsa" no Instagram, significam que quase certamente haveria apoio suficiente para uma mudança imediata nos regulamentos. Os ajustes mais prováveis seriam para garantir que os pontos não fossem entregues, caso os carros não corressem de fato.

Todt deixou claro que a FIA fez de tudo para tentar realizar o GP da Bélgica no domingo, mas disse que as condições climáticas não permitiram que isso acontecesse. "O Grande Prêmio da Bélgica deste ano apresentou desafios extraordinários para o campeonato mundial de Fórmula 1 da FIA", disse Todt.

"As janelas meteorológicas previstas pelos meteorologistas não apareceram ao longo do dia, e embora uma pequena janela tenha aparecido no final do dia durante a qual houve uma tentativa de iniciar a corrida, as condições pioraram rapidamente de novo", disse o presidente da FIA, no comunicado.

"Portanto, devido à falta de visibilidade criada pelo spray atrás dos carros, não pudemos correr toda a corrida em condições suficientemente seguras para os pilotos, comissários e também para os bravos espectadores que esperaram por muitas horas pela corrida, pelos quais lamento muito. Isso foi reconhecido por todas as partes interessadas", afirmou Jean Todt.

Por fim, ele justificou as decisões tomadas pelos comissários do GP da Bélgica, onde ficou claro que a decisão mais sensata teria sido o adiamento da prova para o dia seguinte e não a realização de uma prova com apenas quatro voltas e sem chances de ultrapassagens aos pilotos.

"Os comissários da FIA, com base nas disposições do Código Desportivo Internacional, pararam a competição para ganhar mais tempo e, portanto, mais potencial para dar aos fãs uma corrida de F1. Apesar desses esforços, a corrida não pôde ser iniciada depois que as voltas do safety car e os regulamentos existentes foram aplicados corretamente", finalizou.

Estadão
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