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Alonso dispara sobre "ego" de pilotos, mas diz que só deixa F1 "quando não for mais feliz"

Fernando Alonso falou sobre a falta de amizade no paddock da Fórmula 1, mas disse que a atual fase que vive na categoria é menos estressante e cansativa, por isso não vai se aposentar tão cedo

18 ago 2022 - 07h57
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Fernando Alonso
Fernando Alonso
Foto: Alpine / Grande Prêmio

Fernando Alonso nunca foi do tipo polido nas declarações, e o "sincerão" espanhol, no melhor estilo "ame ou odeie", afirmou que a Fórmula 1 é um lugar onde você não faz amizades como em outros esportes. Na visão do bicampeão, há muito "ego" pelo paddock da categoria.

Aproveitando a reta final das férias da categoria, Alonso participou de uma ação com um patrocinador pelo Instagram ao lado do piloto da MotoGP, Aleix Espargaró. Durante a transmissão, o ainda representante da Alpine falou sobre a convivência com os colegas e a falta de cumplicidade, que costuma ser mais vista no ciclismo ou mesmo na categoria rainha do motociclismo.

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Fernando Alonso em ação no GP da Hungria (Foto: AFP)

"Talvez na F1, infelizmente, não tenhamos a amizade que há em outros esportes. No ciclismo, você tem seus companheiros e rivais, mas parece que há um bom ambiente por lá", disse Alonso durante a conversa. "Na F1, há muita distância entre os pilotos, segredos, muito ego no paddock", disparou o veterano.

De malas prontas para correr na Aston Martin no ano que vem, Alonso surpreendeu a todos não só pela decisão, mas por só ter avisado a Alpine por meio do comunicado enviado à imprensa. O fator que pesou na escolha foi o contrato multianual oferecido pelo time de Lawrence Stroll, enquanto a base em Enstone queria renovar com o espanhol por apenas mais uma temporada.

Aos 41 anos de idade, Alonso ainda se sente no auge, e os resultados deste ano comprovam que ele ainda tem muito a oferecer. Para o futuro, portanto, o piloto só tem uma certeza: de que o automobilismo estará sempre em sua vida.

"Não, não tenho nada calculado. Como dissemos antes, o esporte é a nossa vida, desde crianças, e sabemos que temos um prazo de validade. Não vamos trabalhar até os 65 anos, como em outros empregos, mas você quer se divertir e aproveitar o máximo", disse Alonso, que teve uma passagem pelo Rali Dakar e também pelo Mundial de Endurance quando deixou a F1 pela primeira vez, em 2018.

"Acho que nunca vou me aposentar do automobilismo. Da Fórmula 1, que é um esporte de alto nível, vou me aposentar quando não estiver feliz… mas existem outras categorias no automobilismo que são menos exigentes que a F1. No meu caso, quando deixei a F1 em 2018, estava exausto mental e fisicamente de todos os compromissos que a pilotagem exige. Nesta nova fase, não tenho o mesmo estresse ou cansaço. Mas não sei por quanto tempo continuarei na F1", concluiu Alonso.

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