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Alfa Romeo pega carona na melhora do motor Ferrari e deixa dias de sofrência para trás

A Alfa Romeo cresceu bastante de 2020 para 2021. E nem precisou mudar muita coisa no carro, que já era mediano e confiável. Tudo passa pelo motor Ferrari, que agora dá alguma condição para brigar

6 abr 2021 - 04h15
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Kimi Räikkönen foi até o Q2, mas larga só em 14º
Kimi Räikkönen foi até o Q2, mas larga só em 14º
Foto: Beto Issa / Grande Prêmio

A Alfa Romeo é uma das equipes mais discretas da Fórmula 1 atual. Sem grandes inovações, resultados expressivos para o bem ou para o mal ou uma dupla de pilotos midiática, os italianos não parecem preocupados com o fato de serem meros coadjuvantes no grid. Mesmo assim, existem coadjuvantes e coadjuvantes e a Alfa Romeo de 2021 parece um outro time se comparado com o de 2020.

A verdade é que o posto de equipe menos pior do pelotão do fundo não condizia com as peças que o time tem. O investimento aumentou, a chefia de Frédéric Vasseur é elogiada há anos e o carro em si nem era tão ruim assim. O que pesava, no fim das contas, era o tenebroso motor Ferrari, que impedia que Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi tivessem qualquer condição de brigar com alguém da 'F1 B'.

Essa sofrência parece ter ficado para trás. O C41 nem é tão diferente assim do modelo do ano passado, com um ou outro detalhe alterado mais por conta do regulamento do que qualquer coisa. A questão é o motor, que parece pelo menos no nível do que tem a Alpine e já bem menos longe de Honda e de Mercedes.

Kimi Räikkönen foi capaz de brigar por pontos no GP do Bahrein
Kimi Räikkönen foi capaz de brigar por pontos no GP do Bahrein
Foto: Beto Issa / Grande Prêmio

A pré-temporada e o GP do Bahrein mostraram uma Alfa Romeo ainda com toda cara de coadjuvante, mas em outro status. Dá para dizer que os italianos não estão mais liderando a 'F1 C', mas marcando presença na 'F1 B'. E, por enquanto, não muito distantes de Alpine e Aston Martin, o que torna a luta diária por pontos mais plausível.

É tão outro o momento da equipe que, mesmo em 11º na estreia, Räikkönen saiu um pouco desapontado. É que o finlandês, ao mesmo tempo em que celebra a evolução em relação a 2020, também sabe que pode ter expectativas mais altas com o carro atual.

"Esperava um pouco mais. Ficamos perto, mas comparado ao ano passado, quando estávamos muito lentos, não foi tão ruim. Contra alguns caras não havia nada que eu pudesse fazer, o carro era muito devagar. Ele se comportou bem, mas para fazer os pneus durarem você precisa ir mais devagar que os outros. Ao final não ficamos longe dos pontos, mas longe o suficiente", comentou.

Antonio Giovinazzi andou frequentemente no ritmo de Alpine e Aston Martin no Bahrein
Antonio Giovinazzi andou frequentemente no ritmo de Alpine e Aston Martin no Bahrein
Foto: Beto Issa / Grande Prêmio

Seria exagero falar em revolução ou escalada meteórica, mas é fato que a Alfa Romeo não entra mais nas corridas para ver com Haas e Williams quem é pior. O drama de flertar com a lanterna ou com a vice-lanterna do Mundial já passou, o momento é de tentar se colocar mais para frente em um compacto e imprevisível pelotão intermediário.

Sem nada de muito especial, a Alfa Romeo ao menos deixa de ser um quase saco de pancadas. Agora, está nas mãos de Räikkönen e Giovinazzi fazerem o time andar, desafiando, em um primeiro momento, pelo menos Alpine e Aston Martin, que estavam bem distantes em 2020.

No fim das contas, a equipe tem tudo para encarar a mudança brusca de regulamento de 2022 com a moral mais elevada e, aí sim, pensar em alçar voos mais altos. É, também, um ano decisivo para Kimi e Antonio, que não têm um futuro garantido no Mundial e, para isso, precisam mostrar serviço.

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