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Alfa Romeo manda equipes grandes "desligarem túnel de vento" e vai contra aumento no teto

O chefão da Alfa Romeo, Frederic Vasseur, criticou desejo de Ferrari e Red Bull de aumentar o limite de gastos da F1 em 2022 e teve apoio da Alpine. McLaren começa a recuar da ideia e quer discussão de comum acordo para o bem do esporte

28 mai 2022 - 11h08
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Alfa Romeo não quer aumento do limite de gastos na F1 2022
Alfa Romeo não quer aumento do limite de gastos na F1 2022
Foto: Alfa Romeo / Grande Prêmio

O teto orçamentário das equipes de Fórmula 1 para a temporada 2022 segue dando pano para manga. Perguntado sobre o tema durante este sábado (28) em Mônaco, o chefe de equipe da Alfa Romeo, Frederic Vasseur criticou as equipes da primeira prateleira, sobretudo Red Bull e Ferrari, que já admitem considerar quais as punições esportivas receberão, uma vez que tendem a exceder o limite de US$ 140 milhões para este ano.

À Autosport, Vasseur afirmou que não é a favor de aumentar o teto de gastos na F1 e aponta uma solução curiosa para solucionar a questão: as equipes que lutam para se manter dentro do orçamento deveriam "desligar o túnel de vento" dos carros para, assim, limitar seu desenvolvimento. "A diferença é que estamos falando de orçamento do nosso lado. Não posso gastar demais o que tenho, mas se tivermos de trazer atualizações todo final de semana, mais cedo ou mais tarde teremos de parar o desenvolvimento do C42, pois chegaremos no limite".

A conversa entre equipes, FIA e Fórmula 1 sobre o teto orçamento se deve, entre outras coisas, ao aumento dos custos de frete por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em fevereiro. Mattia Binotto, da Ferrari, acredita ser impossível se manter abaixo do limite de gastos, enquanto Christian Horner, da Red Bull, crê ser possível que o campeonato de 2022 termine nos tribunais por conta das punições em exceder o teto.

Vasseur criticou desejo de Ferrari e Red Bull de aumentar o teto de gastos na F1
Vasseur criticou desejo de Ferrari e Red Bull de aumentar o teto de gastos na F1
Foto: Florent Gooden/Alfa Romeo / Grande Prêmio

Quem corroborou com o mesmo pensamento do chefão da Alfa Romeo foi Otmar Szafnauer, da Alpine. Em entrevista coletiva da Fórmula 1, ele afirmou que cabe às equipes entender até onde podem ir com o desenvolvimento de seus carros para ficar abaixo do limite e que o impacto da inflação para esta temporada estava dentro do cálculo para os gastos em 2022. "Naquele momento, a inflação na Inglaterra já era mais de 7% e levamos isso em consideração para o trabalho de desenvolvimento que faríamos esse ano. Embora o frete tenha sido mais caro do que imaginávamos, ainda estamos dentro do limite e planejamos estar lá no final do ano. Onde há uma vontade, há um caminho".

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A McLaren sempre foi uma das equipes mais enfáticas sobre a importância do limite de gastos, mas já começa a recuar em seu pensamento. De acordo com o chefe da equipe, Andreas Seidl, houve circunstância atenuantes que justificam uma revisão do número pela FIA. "Em situações como essa, é importante encontrar soluções para o melhor do nosso esporte. Não é segredo que sempre fomos a favor do teto orçamentário, mas deve haver a possibilidade de ter um bom senso e é o que tenho esperança de que possamos encontrar", falou.

A Fórmula 1 traz a classificação para o GP de Mônaco a partir das 11h (horário de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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